A Renault, numa campanha em prol dos carros eléctricos, começa por afirmar: “Não sabemos se faz parte dos cerca de 40 por cento de portugueses que vivem em moradias ou se até beneficia do acesso a uma garagem com uma tomada eléctrica. Mas se não for o caso, que este texto sirva pelo menos de reflexão”.

E a reflexão a que se refere prende-se com o facto de haver “um automóvel que só precisa de ‘abastecimentos’ de 1,2 euros para percorrer 100 quilómetros”, ou seja, “mais barato que o custo de um café e um pastel de nata” e que “praticamente não precisa de manutenção”. A marca está a referir-se ao automóvel eléctrico Renault ZOE 240.

Mas ter um automóvel eléctrico pode não ser para todos. A marca revela que a primeira premissa para equacionar a aquisição de um automóvel desta natureza é avaliar se a pessoa tem condições para fazer, no domicílio, o carregamento das baterias, isto é, ter uma vulgar tomada eléctrica no local de estacionamento.

Depois, de avaliada esta situação, a opção de aquisição de viatura pode passar por um veículo mais económico e ecológico, como os carros eléctricos. Além dos apoios do Estado e de algumas campanhas que reduzem o preço inicial destas viaturas, a sua manutenção também é reduzida.

A esta realidade junta-se a recente anunciada instalação de 49 postos de carregamento rápido em auto-estradas e vias rápidas, com destaque para a A1 em ambos os sentidos, que torna possível fazer maiores distâncias num tempo de viagem razoável e sem as habituais preocupações com a autonomia.