A Associação Sistema Terrestre Saudável (Zero) defendeu que a transição para as energias renováveis deve ser concretizada de forma mais célere no nosso País, criticando também as metas europeias pouco ambiciosas para 2030.
Esta ‘reivindicação’ surgiu no seguimento dos dados divulgados pelo Eurostat relativamente à evolução do peso das fontes renováveis na energia final, que era de 27,0% em 2014 e que pode colocar em causa a meta de 31% fixada para 2020.
Perante esta situação a associação ambientalista considerou que “com um pouco mais de 70% de dependência, Portugal está muito longe de conseguir uma desejável autonomia, revelando-se absolutamente necessário um forte incremento em metas ambiciosas de longo prazo nas políticas e investimentos em energias renováveis”.
De acordo com a Zero, o recurso a fontes renováveis no transporte ferroviário e aos biocombustíveis no transporte rodoviário levou a um crescimento de 0,2%, para 3,4%; já ao nível do aquecimento e arrefecimento passou apenas de 32,5% para 34,0%. O maior impacte deu-se na produção de energia eléctrica por fontes renováveis que passou de 27,5% para 52,1%.
A União Europeia pretende que os países membros contribuam até 2030 com um aumento de 27% quer nas energias renováveis, quer na eficiência energética. Mas a Zero considera que esta acaba por ser uma “má opção” uma vez que não incluíram metas nacionais obrigatórias para cada um dos Estados-membros, recordando que o facto de terem existido metas obrigatórias em 2012 fez com que as renováveis tivessem um crescimento de 9,3%, a para da diminuição das emissões de dióxido de carbono.
Encerrar as centrais de produção de energia eléctrica não renováveis (como as de carvão), lembrando que Portugal possui duas, é outra das ‘reivindicações’ desta associação ambientalista.
A Zero adiantou ainda que as Organizações Não Governamentais (ONG) defendem que a meta de eficiência energética não deve ser de 31% mas de 40% em 2030.
Foto: Anabela Loureiro