O serviço de certificação energético da Bosch chegou a Portugal em 2012 e, desde então, assume a missão de ajudar a certificar energeticamente a casa dos portugueses. A empresa deixa aqui várias dicas para poupar energia através do aproveitamento de recursos da própria casa.
Desde a iluminação, ao isolamento de paredes e coberturas, passando pela climatização, a Bosch deixa algumas sugestões, simples e seguras.
Na substituição de lâmpadas, a empresa aconselha a optar por lâmpadas economizadoras, reduzindo até 80% o consumo de energia eléctrica em iluminação. Por exemplo, a troca de uma lâmpada de halogéneo de 50W, a funcionar 4h/dia, por uma lâmpada LED de 7W, permitirá uma poupança de anual de 9,50 euros (considerando um custo de 0,15€/kWh). Deve também evitar deixar luzes acesas em espaços sem utilização ou sem ocupação e verificar o estado de limpeza do sistema de iluminação, pois uma lâmpada limpa é mais luminosa e eficiente.
Ao nível do isolamento de paredes e coberturas, a aplicação de três centímetros de isolamento térmico pode baixar as necessidades de aquecimento do imóvel em cerca de 30%. Do mesmo modo, pintar as paredes e tectos de cores claras favorece a reflexão da luz (natural e artificial) e reduz a necessidade de iluminação artificial.
o que diz respeito à escolha de um aparelho de climatização e aquecimento, a Bosch refere que, ao adquirir aparelhos de ar condicionado, deve-se escolher sistemas eficientes tipo inverter que irão modelar o seu funcionamento às necessidades de climatização, reduzindo assim energia. A utilização de sistemas de climatização tipo bomba de calor (realiza calor e frio) poderá permitir uma poupança na ordem dos 120€/ano (considerando dois equipamentos com uma potência de 2000 W, a funcionar 5h/dia durante os meses de aquecimento (quatro meses).
Além disso, deve realizar-se acções de manutenção e limpeza das unidades interiores e exteriores de climatização, permitindo garantir a eficiência energética do equipamento.
Regular eficazmente a temperatura interior também é aconselhável, sendo que as temperaturas confortáveis no Inverno devem ser entre os 18 e os 21ºC e no Verão entre os 23 a 25ºC. A empresa faz a ressalva para o facto de cada grau adicional aumentar o consumo de energia em cerca de 7%.
Substituir o equipamento de produção de Águas Quentes Sanitárias por outro equipamento mais eficiente também pode ser o mais indicado, como é o caso de esquentadores de elevado rendimento/termostáticos, caldeiras de condensação ou bombas de calor (aerotérmicas e geotérmicas). Esta medida visa melhorar a eficiência dos sistemas que têm por função suprir as necessidades de energia, quer para aquecimento, quer para arrefecimento, garantindo condições de grande conforto interior.
Aplicar sistemas que recorram a fontes de energia renovável, como o solar térmico, solar fotovoltaico, eólico, mini-hídrica, geotermia, aerotérmica e geotérmica (bombas de calor), biomassa, entre outros, também é uma opção mais sustentável. É que os equipamentos que recorrem a fontes de energia renovável contribuem para o desempenho energético de um edifício, permitindo reduzir determinadas necessidades energéticas, quer para aquecimento, quer para arrefecimento ou produção de A.Q.S. Esta influência é notória na classe energética de um edifício, permitindo obter edifícios com classes energéticas A+.
Na hora de escolher um electrodomésticos, e de acordo com a ERSE, deve optar-se por comprar equipamentos com etiqueta energética das classes A+ ou A++. Já nos computadores e monitores a escolha deve recair pelos que apresentam a etiqueta Energy Star. E nunca é demais lembrar que deve-se desligar sempre os aparelhos no interruptor e nunca deixar em standby. Recorde-se que as extensões com acessos múltiplos facilitam este processo.
No caso de frigoríficos e combinados, o consumidor deve escolher um que seja adequado às suas necessidades, considerando a dimensão do seu agregado familiar. Instale-os em locais frescos e ventilados e afastados de fontes de calor como o fogão, forno e exposição directa à luz solar. Deve manter a temperatura de 5º no compartimento de refrigeração e de -18º no de congelação, além de o limpar regularmente e garantir que as portas fecham e isolam correctamente.
As máquinas de lavar a loiça devem-se utilizar nos períodos noturnos, sendo que existem maiores vantagens se se tiver um ciclo de contagem de consumo de energia bi-diário ou tri-diário e se adoptar programas económicos e de baixa temperatura que também reduzem o consumo de energia. Vital é também manter os filtros sempre limpos. Já nas máquinas de lavar e/ou secar roupa, a opção deve passar por equipamentos bitérmicos, trabalhar sempre com a carga máxima, evitar a pré-lavagem e utilizar programas de baixas temperaturas. Na dúvida, pode centrifugar-se em vez de secar a roupa, é que poupa-se no consumo e a carteira agradece.
Por último, relativamente ao forno saiba que cada vez que abre a porta enquanto está a funcionar existe uma perda energética que pode chegar aos 20%, por isso deve evitar fazê-lo. Paralelamente deve utilizar, de preferência, recipientes de cerâmica e de vidro. E quando estiver quase a terminar, desligue o fogão: o calor já existente concluirá o processo.
Pode saber mais dicas e mais sobre o serviço de certificação energética da Bosch em: http://www.bosch-certificacao-energetica.pt/