As políticas em matéria de clima e energia dos Estados-membros para 2030 devem ter como objectivo travar o aumento da temperatura global. Esta é uma das metas traçadas pelo ministro Jorge Moreira da Silva em carta dirigida à Comissão Europeia.
O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, enviou à Comissão Europeia, uma carta na qual expõe o seu ponto de vista sobre o próximo Quadro de Políticas de Clima e Energia UE 2030.
Neste documento escreve que Portugal acredita “que a definição desta agenda deve ter em mente as metas e as trajectórias para uma redução de emissões de 80-95% até 2050, conforme apresentado no Roteiro Europeu de Baixo Carbono, tendo em vista travar o aumento da temperatura média global abaixo dos 2º Centigrados”.
Na sua opinião, Portugal “acredita que é necessária uma abordagem política abrangente, com metas complementares para as energias renováveis, de eficiência energética e de interconexões para energia eléctrica”, e apoia “o estabelecimento a nível da União Europeia, de uma meta vinculativa de, pelo menos 40% de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 2030, em comparação com as emissões de 1990” - um pacote com quatro metas.
Acrescentado que Portugal apoia também “a adopção, a nível da UE, de uma meta de energia renovável de 40% em 2030, ou seja, 40 % da energia total consumida tenha uma fonte renovável”.
Por isso, salienta que, “assumindo que a política europeia para 2030 irá promover a utilização de fontes renováveis de energia, precisamos para tal, de estabelecer um roteiro que nos leve a uma meta de pelo menos 25% da capacidade de interligação, para todos os Estados-membros, da capacidade total de produção em 2030. Isso pressupõe que devemos atingir a meta de 12% até 2020 e 10 % para todos os Estados-membros, no curtíssimo prazo”.