A ministra do Mar participou no World Ocean Summit 2017, que decorreu entre os dias 22 a 24 de Fevereiro, em Bali, na Indonésia. Neste evento, Ana Paula Vitorino defendeu que o desenvolvimento sustentável dos oceanos passa pela adopção da economia circular do mar.

Em comunicado do ministério do Mar, ficou a saber-se que a ministra afirmou neste evento que “os novos modelos de negócio devem conseguir compatibilizar a rentabilidade atractiva com um desempenho ambiental positivo”, dando a exemplo da recolha do lixo plástico marinho para aplicação no fabrico de novos produtos, transformando assim “os resíduos numa matéria-prima geradora de lucro e eliminando este problema ambiental dos oceanos”.

A ministra do Mar disse também que Portugal está a promover os “Port Tech Clusters” nos portos do País com o objectivo de potenciar a criação de startups de base tecnológica que permitam às empresas beneficiar do acesso facilitado ao mar que os portos oferecem e de condições favoráveis para testar tecnologias marítimas que estão ainda em fases iniciais de desenvolvimento.

Durante o debate, em que foram abordadas questões de governação dos oceanos, Ana Paula Vitorino destacou a importância de Portugal ter criado um ministério do Mar dotado de competências para assegurar coordenação transversal dos assuntos do mar, e do transporte marítimo e dos portos em particular, assegurando ainda a integração de políticas e a gestão dos fundos nacionais e europeus relativos ao mar, nomeadamente a criação do Fundo Azul. Deu destaque também ao Roteiro para as Energias Renováveis Oceânicas que visa criar um cluster industrial voltado para a exportação destas tecnologias.

Ana Paula Vitorino referiu ainda que “as energias renováveis do oceano têm potencial para suprir 25% das necessidades de geração eléctrica de Portugal”.

Refira-se que o World Ocean Summit 2017 foi organizado pela revista ‘The Economist’ e reuniu decisores políticos, empresas, Organizações Não-Governamentais (ONG) e cientistas de todo o mundo que debateram temáticas ligadas ao financiamento de uma economia circular nos oceanos.

Foto: Anabela Loureiro