O Eurostat revelou que Portugal registava, em 2015, o oitavo valor mais elevado entre os 28 Estados-membros da União Europeia (UE) em termos de recurso a energias renováveis, que representavam 28% do consumo final bruto de energia.
De acordo com o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia, em 2015, a parte de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto de energia atingiu 16,7% na UE, ou seja, quase o dobro do valor que se verificava em 2004 (8,5%), primeiro ano para o qual há dados disponíveis, mas ainda aquém do objectivo traçado para o conjunto da União até 2020, de 20%.
O top 10 dos países da UE que mais recorrem a fontes de energia renováveis é encabeçado pela Suécia, com 53,9%, seguida da Finlândia (39,3%), Letónia (37,6%), Áustria (33%), Dinamarca (30,8%), Croácia (29%), Estónia (28,6%) e Portugal (28%).
Entre os países que recorrem menos a fontes de energia renováveis são Luxemburgo e Malta (em ambos os casos 5%), Holanda (5,8%) e Bélgica (7,9%).
Refira-se que cada Estado-membro tem o seu próprio objectivo nacional ‘Europa 2020’, sendo que 11 países já atingiram a meta que tinham traçado para 2020, mau grado Portugal não faz parte desse grupo uma vez que estabeleceu uma das metas mais ambiciosas: 31%.
Em 2004, a quota de energias renováveis no mix energético português era já de 19,2% e foi subindo progressivamente. No mês passado, o Governo anunciou que vão arrancar novos projectos em energias renováveis com uma capacidade instalada de cerca de 750 megawatts e um investimento potencial superior a 800 milhões de euros.
O ministério da Economia fez saber que “a par dos 380 megawatts de licenças para centrais solares, sem tarifas subsidiadas pelos consumidores e com cauções já entregues pelos promotores, o Governo aprovou 41 megawatts relativos a três centrais de biomassa”.
A este conjunto de investimento junta-se ainda, segundo o gabinete do secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, “o projecto de energias das ondas Windfloat, que representa um investimento de cerca de 125 milhões de euros, a realizar nos próximos anos e cuja ligação a terra será feita sem onerar os consumidores (ao contrário do programado)”.
Foto: Anabela Loureiro