A Câmara Municipal de Lisboa vai propor, na próxima reunião do dia 13 de Julho, a construção de um parque verde no seio da nova Feira Popular, em Carnide. A empreitada está orçada em 5,159 milhões de euros e tem um prazo de execução de cerca de oito meses.

A proposta será apreciada em reunião privada pelos vereadores Manuel Salgado (Obras Municipais) e José Sá Fernandes (Estrutura Verde), os quais defenderam, em declarações á agência Lusa, que este parque “deverá oferecer usos diversificados, contribuindo para a qualificação urbana e paisagística desta zona de Lisboa através de um adequado funcionamento dos sistemas naturais e de uma gestão conducente a uma evolução sustentada e enquadrada pelo uso optimizado dos recursos”.

Na opinião de Manuel Salgado e José Fernandes, a Feira Popular será “um pólo de atracção e diversão para um público mais alargado, com inegável importância na competitividade de Lisboa como destino turístico nacional e internacional”, pelo que o parque verde deverá “assumir um papel relevante a nível do funcionamento dos sistemas naturais, nomeadamente no que se refere às funções hidrológicas, recuperação da qualidade do solo, implantação de estrutura verde, cuja evolução seja consistente com os objectivos do projecto a curto e longo prazo”.

Os vereadores fazem igualmente a ressalva para o facto de este espaço ir ter “uma elevada importância na continuidade dos sistemas verdes adjacentes, contribuindo para a continuidade territorial e ecológica necessária à implementação do corredor periférico integrado na infra-estrutura verde da cidade de Lisboa”.

Além disso, acreditam que, o facto de estar inserido numa área urbana, poderá cria “oportunidades de lazer e recreio informal, nomeadamente a expansão e continuidade com os sistemas de mobilidade suave já parcialmente implementados ao longo da zona Noroeste da cidade de Lisboa, tal como a pista clicável entre a zona da Pontinha e o Bairro Padre Cruz”.

A empreitada, que deverá ser lançada ainda durante este ano, está orçada em 5.159.055,61 euros e deverá decorrer no prazo fixo de 240 dias, aos quais acrescem 365 dias para manutenção dos espaços verdes.

Recorde-se que a autarquia de Lisboa detém a gestão e manutenção de todo o espaço verde, mas cede, durante um período ainda não definido, a gestão e a manutenção da Feira Popular a privados.

Foto: Anabela Loureiro