Esta ideia foi defendida pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, em Aveiro, na apresentação do Plano de Acção para a Economia Circular. O momento serviu para anunciar que, em 2018, o Governo irá “estruturar à escala das freguesias projectos que contribuam para que os princípios da economia circular se imponham”.
No seu discurso, João Pedro Matos Fernandes considerou que o cidadão comum “já está muito disponível para colaborar naquilo que são as tarefas de descarbonização da sociedade” mas reconheceu que há “um caminho longo para ser percorrido” e que este “é um conceito que está longe de ser apreendido pelo comum dos cidadãos”. Por isso, disse, que sente que “é mesmo importante chegar o mais perto possível das comunidades locais”.
Considerando vital o papel das juntas de freguesia nesta promoção, dado serem “a unidade territorial mais importante para poder contribuir para que os princípios da economia circular cheguem ao comum dos cidadãos”, o ministro salientou que este trabalho tem de ser muito bem estruturado e para o efeito deu como exemplos os projectos da criação de oficinas de reparação de pequenos electrodomésticos ou da redução do desperdício dos bens alimentares.
De acordo com Matos Fernandes, em breve, vão ser anunciadas as 20 candidaturas aprovadas para financiamento no âmbito do Fundo Ambiental para apoiar a economia circular, sendo que cada uma poderá receber um montante até 50 mil euros. Recorde-se que entre os requisitos para conseguir este apoio está a redução de matérias-primas, produtos mais duráveis e mais eficiência energética.