A ministra do Mar afirmou, na conferência ‘Our Ocean’, organizada pela União Europeia, que decorre em Malta, que Portugal vai investir 15 milhões de euros no Observatório do Atlântico.
O observatório, que foi criado nos Açores em 2018, vai, segundo a ministra do Mar, beneficiar de um investimento de “15 milhões de euros até 2021” que tem como principal destino os gastos com equipamento, nomeadamente de processamento de dados, existindo já recursos como navios e veículos submarinos operados remotamente.
O objectivo deste investimento é tornar o observatório num “centro de conhecimento com uma rede de partilha de dados”, cuja “investigação ali produzida se torne sistemática e de âmbito internacional”, esclareceu a ministra. Acrescentando que, com este espaço, “Portugal pretende disponibilizar uma infra-estrutura para promover a investigação do oceano profundo, para gerar conhecimento sobre o que existe, mas também sobre os impactos que a actividade humana poderá ter. E não se trata apenas de impactos negativos, há que avaliar os impactos positivos, em termos de criação de conhecimento por exemplo”.
A ministra avançou também que já existe o interesse internacional em participar neste observatório, nomeadamente de países como o Canadá, Noruega, China e até de alguns países lusófonos.
Ana Paula Vitorino afirmou ainda que Portugal quer aumentar em 14% a área de zonas marinhas protegidas, num horizonte até 2020, subindo a fasquia traçada pela ONU que tem como meta global que as áreas marinhas protegidas representem 10% da superfície dos oceanos.
Na agenda da ministra está ainda a publicação de regulamentação para a aplicação efectiva da convenção internacional sobre águas de lastro, destinada ao controlo de poluição e da introdução de espécies invasoras que viajem nos porões dos navios.