A apresentação pública da nova edição do Habitar Portugal tem lugar hoje, pelas 18h, no CARPE DIEM, em Lisboa. A sessão de lançamento conta com a presença do presidente da Ordem dos Arquitectos, João Santa-Rita, e com os comissários da edição 2012-14 .

A sessão de lançamento da 5ª edição do Habitar Portugal será introduzida com um debate que pretende colocar em perspectiva o momento que a arquitectura atravessa em Portugal e o modelo da iniciativa, através da reflexão e comparação pela voz de comissários de cada uma das edições desde 2003: José Fernando Gonçalves (Área Metropolitana de Lisboa), Habitar Portugal 2000-2002; Ivo Oliveira (Norte), Habitar Portugal 2003-2005; Pedro Machado Costa (Ilhas), Habitar Portugal 2006-2008; Rita Dourado, Habitar Portugal 2009-2011; e Luís Tavares Pereira (nacional), Habitar Portugal 2012-2014.

O Habitar Portugal 12-14 pretende ser um olhar sobre a produção arquitectónica portuguesa do último triénio a partir de um ponto de vista que articula duas ideias fundamentais. A primeira decorre do momento que o País vive a que, se presume, a produção de arquitectura não será alheia. O tema proposto - Está a arquitectura sob resgate? -, estabelece desde logo um contexto onde situar as obras e um enquadramento para as poder ver e analisar. A OA acredita que este é o pano de fundo do espaço onde, ao longo deste tempo, acontecem as práticas arquitectónicas em Portugal cuja maior ou menor presença o HP vai tratar de analisar. 

O Habitar Portugal é uma selecção, uma escolha das obras de arquitectura que, a partir de vários programas, lugares, escalas ou condições, se consideram desde o ponto de vista de cada um dos seus comissariados, exemplares, no seu tempo e na sua condição.

Esta é a quinta edição do Habitar Portugal o que significa que esta iniciativa acumulou um acervo de cerca de 400 obras ao longo de 15 anos de existência que deve ser valorizado. Os registos desse acervo permitem hoje estabelecer pontos de comparação com a situação actual, as potenciais transformações na prática projectual ou edificatória afectada pelas condições de austeridade e escassez provocadas pelo resgate da Troika.

É essa a segunda ideia fundamental, trazer à luz um palimpsesto que resulta das obras que fizeram parte das quatro edições anteriores e assim encontrar os registos que o lastro que elas deixaram faz emergir em contraste ou continuidade com o momento que vivemos. Crise, resgate e palimpsesto são as marcas da condição actual, estão presentes no quotidiano e na paisagem do País onde hoje vivemos. Que impacto têm na arquitectura em Portugal?

A nova versão do site Habitar Portugal estará disponível a partir de 26 de Maio.