A Área Metropolitana de Lisboa (AML) e a Ordem dos Arquitectos Secção Regional Sul (OASRS) juntam-se para lançar um concurso de Arquitectura: C.A.S.A pós-catástrofe. O objectivo é criar uma unidade polivalente com funções administrativas e sociais num cenário pós-catástrofe.
Aberto a todos os arquitectos, o concurso é o segundo a ser promovido no âmbito do Programa escolha-arquitectura da OASRS (o primeiro foi o concurso Duas Casas nas Ilhas Selvagens, na Madeira). As candidaturas estão a decorrer até ao dia 29 de Agosto e os vencedores serão conhecidos em Outubro.
O júri é presidido pelo primeiro-secretário da AML, Demétrio Alves, e composto pelos arquitectos Jorge Moura, director do departamento de Gestão do Território da AML, e Pedro Campos Costa, indicado pela OASRS.
Com três prémios a atribuir, o concurso é o primeiro a ser integralmente desenvolvido na Plataforma de Encomenda da OASRS, sendo toda a tramitação digital.O program
a do concurso não considera uma localização específica, embora aponte para que seja implementado na AML, uma região composta por 18 concelhos, representando uma população de três milhões de pessoas, o equivalente um quarto da população portuguesa.
A estrutura deverá ter uma área de 500 metros quadrados e pretende antecipar as necessidades resultantes de um cenário de emergência em que são preferenciais soluções tão rapidamente construídas como desmanteladas, de carácter modular, simples de construir, funcional, flexível e sustentável.
Na assinatura do protocolo com a OASRS para o lançamento do Concurso C.A.S.A pós-catástrofe (centro de apoio social e administrativo), Demétrio Alves afirmou que “a única certeza que temos em relação à possibilidade de uma catástrofe, é que ela vai acontecer um dia”. Foi com esta certeza em mente que as duas instituições decidiram lançar um Concurso de Ideias destinado a conceber uma unidade polivalente com funções administrativas e sociais num cenário pós-catástrofe que considere a realidade e as condicionantes intrínsecas destas situações e que responda eficazmente a factores psicológicos e sociológicos associados à catástrofe, tais como a escassez de recursos, durabilidade, preço, transporte e sustentabilidade.