O Prémio Valmor e Municipal de Arquitectura, galardão que reconhece a excelência de projectos arquitectónicos da cidade de Lisboa, anunciou nova lista de premiados.

Numa cerimónia que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, foram reveladas as 13 obras premiadas referentes aos anos de 2013 a 2016.

Para o ano de 2013 houve quatro distinções - Prémio e três Menções Honrosas. A obra de ampliação e nova cobertura da ETAR de Alcântara valeu a Frederico Valsassina, Manuel Aires Mateus e João Ferreira Nunes o segundo Prémio Valmor das suas carreiras.

No ano de 2014, foram distinguidos três projectos - Prémio e duas Menções Honrosas. Depois de, em 2000, terem recebido o Prémio Valmor pelo Pavilhão C8 da Faculdade de Ciências de Lisboa, Gonçalo Byrne e Falcão de Campos ganham agora o segundo Prémio Valmor com a obra de alteração do Banco de Portugal, Museu do Dinheiro.

Já em 2015 foi reconhecido o projecto de alteração dos Terraços do Carmo o que vale a Álvaro Siza Vieira, em conjunto com Carlos Castanheira, o seu primeiro Prémio Valmor. Foram ainda atribuídas duas Menções Honrosas.

Por último, no que ao ano de 2016 diz respeito, coube à obra de alteração do Cine-Teatro Capitólio, com assinatura de Alberto Souza Vieira, receber a distinção maior, tendo sido ainda atribuídas duas Menções Honrosas.

Visto o Prémio Valmor e Municipal de Arquitectura reconhecer em partes iguais o autor do projecto e o promotor de obras, os premiados enquanto promotores de 2013 e 2014 foram, respectivamente, a SimTejo e o Banco de Portugal. Já a Câmara Municipal de Lisboa foi premiada como a promotora dos projectos vencedores dos anos de 2015 e 2016.

A escolha das obras premiadas no biénio 2013-2014 teve como júri o arquitecto Sérgio de Melo, personalidade nomeada pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa; os vereadores da Cultura, Catarina Vaz Pinto e do Urbanismo, Manuel Salgado (este sem direito a voto) e os arquitectos Francisco Berger (representando a Academia Nacional de Belas Artes), Cândido Chuva Gomes (representando a Ordem dos Arquitectos) e João Pardal Monteiro (representando a Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa).

Já o biénio 2015-2016 contou com a escolha dos mesmos representantes da autarquia e ainda dos arquitectos Francisco Berger, Cândido Chuva Gomes e João Pardal Monteiro.

Iniciado há 115 anos, o prémio resulta da fusão, em 1982, do Prémio Valmor e do Prémio Municipal de Arquitectura, que fora criado em 1943. Tem como objectivo a promoção da qualidade arquitectónica e paisagismo, destinando-se a premiar novas edificações, obras de recuperação e reabilitação, conjuntos e espaços verdes que contribuam significativamente para a valorização da cidade de Lisboa e para a salvaguarda do seu património.

Este novo momento de atribuição do Prémio marca também o início de mais uma parceria entre a Câmara Municipal e a Trienal de Arquitectura de Lisboa.