A Casa dos Bicos, em Lisboa, sede da Fundação José Saramago (FJS), tem hoje entrada livre. Esta é uma forma de celebrar o 16.º aniversário da entrega do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago.
Além da entrada gratuita, os visitantes poderão desfrutar, durante todo o dia, no auditório da fundação, os 14 temas do CD/Livro, de “A Viagem do Elefante”, um trabalho de Luís Pastor e d'A Cor da Língua, da ACERT (Associação Cultural e Recreativa de Tondela), a partir dos poemas de José Saramago.
No início da tarde, o presidente do conselho de curadores da Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico, José Miguel Noras, apresentará o livro “Centros Históricos Portugueses”, seguindo-se o espectáculo da Andante Associação Artística - Quem quer ser Saramago – que se constitui como “uma obra lúdica construída a partir das palavras do escritor português”.
Hoje celebra-se igualmente o Dia Internacional dos Direitos Humanos, efeméride à qual se associa a Fundação. Para o efeito os visitantes vão receber cópias do discurso proferido pelo escritor em Estocolmo.
Recorde-se que foi no dia 10 de Dezembro de 1998, que José Saramago recebeu o Prémio Nobel da Literatura, tornando-se o primeiro escritor de Língua Portuguesa a receber este galardão.
José Saramago, falecido em Junho de 2010 na ilha espanhola de Lanzarote, publicou, entre outras obras, “A Jangada de Pedra”, “Levantados do Chão”, “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, “O Homem Duplicado”, “Ensaio sobre a Cegueira” e o romance “Clarabóia” editado postumamente em 2011.
Também postumamente foi editado, em Setembro de 2014, o romance inacabado “Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas”.
Além do Nobel, o autor foi distinguido com vários prémios nacionais e internacionais, como o Grande Prémio de Novela e Romance da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Camões.
A iniciativa de hoje na FJS coincide com a entrega dos prémios Nobel 2014, em Estocolmo e Oslo (Nobel da Paz), entre os quais o escritor francês Patrick Modiano, autor de, entre outros, “O Horizonte”, “No Café da Juventude Perdida”, “Dora Bruder” e “As avenidas periféricas”, recém-editado em Portugal.