Pimenta de Cochim, canela do Ceilão ou cravinho das Molucas não foram os únicos tesouros cobiçados pelos portugueses na Ásia. Gemas preciosas e jóias cativaram, desde logo, os primeiros aventureiros que desembarcaram das naus da Carreira da Índia. Para ver no Museu Fundação Oriente.
“Jóias da Carreira da Índia” é a exposição que dá a conhecer um impressionante conjunto de várias dezenas de peças de ouro e prata, delicadamente trabalhadas e enriquecidas com preciosas gemas e esmaltes de cores vibrantes. Objectos preciosos que não surgem isolados, para serem fruídos apenas pelos seus méritos artísticos ou valor material, mas contextualizados e enquadrados nas dinâmicas dos tempos que os viram nascer. Um conjunto de obras que nos surpreende e que, como Mendes Pinto, nos levam a dizer: “que em meus dias nunca vi cousa tão maravilhosa”.
Paralelamente à exposição, decorre um ciclo de conferências. “Tesouros do Oriente” conta com o orador Nuno Vassalo e Silva, director-geral do Património Cultural e coordenador científico da exposição; “A Arte da Filigrana no Oriente” é apresentada por Hugo Miguel Crespo, do Centro de História da Universidade de Lisboa e comissário da exposição; “A Colecção de Armaria” é promovida pelo coleccionador Jorge Caravana; e “As Jóias da Índia” é da responsabilidade de Luísa Penalva, conservadora do Museu Nacional de Arte Antiga.
De 12 Fevereiro a 26 Março, especialistas convidados abordam temas de História de Portugal, Artes Decorativas e Coleccionismo a partir das peças em exposição no Museu Fundação Oriente.