Lydia Simão, Chief Retail Officer do Grupo Brodheim, fala da experiência do grupo na Avenida da Liberdade, da parceria com a Guess e de outras marcas, e dos seus maiores clientes.
“A nossa longa experiência nesta avenida (a primeira loja que abrimos foi a Rodier, em 1986) tem-nos trazido excelentes resultados, os quais ao longo das três últimas décadas, têm vindo a ser reforçados pelo posicionamento das marcas que aqui se encontram, bem como pelo significativo aumento da presença de turistas na Avenida da Liberdade”, explica Lydia Simão.
Este grupo tornou-se parceiro da Guess em 2009, como licenciado para as lojas Monomarca. Em Março de 2012, a Guess anunciou a expansão de sua estrutura de retalho europeia através de uma joint-venture (Guess Portugal), com o Grupo Brodheim. Representam igualmente outras marcas como a Burberry, Trussardi, TOD’s, Furla e Timberland sendo que a abertura destas lojas na Avenida da Liberdade foi “determinada pela vontade e necessidade das mesmas em irem ao encontro de um tipo de consumidor diferente daquele que encontramos nos centros comerciais”. Com a redução do poder de compra “notámos uma perda de clientes nacionais, mas que foi compensada pelo aumento de compras efectuadas por turistas”. Refira-se que os clientes estrangeiros, em média, representam cerca de 60% das suas vendas na Avenida, com uma forte predominância de angolanos, brasileiros e russos.
Como nota adicional, o Grupo Brodheim, em parceria com a Associação Passeio Público, tem em mãos o projecto “Sentir Lisboa na Avenida”, que visa devolver a vida que a Avenida já teve no passado, e que, embora tenha vindo a recuperar, ainda não atingiu os objectivos pretendidos.
Lydia Simão refere que “muitos desconhecem que a Avenida da Liberdade é a 10ª avenida mais luxuosa do mundo e que partilha este top 10 com avenidas mundialmente famosas como a 5ª Avenida, os Campos Elísios ou a Rua Serrano… É um facto ao qual não podemos ficar indiferentes e temos todos que lutar para fazer da Avenida da Liberdade, e também da cidade de Lisboa, um local cada vez mais privilegiado para compras”.
Isto só poderá ser benéfico para todos os lisboetas e consequentemente para a nossa economia.
Carla Celestino