A empresa Teixeira Duarte vai construir com uma congénere argelina um estádio de futebol de 50.000 lugares na cidade de Constantina, no Nordeste da Argélia. O anúncio foi feito pelo chefe da diplomacia da Argélia, Ramtane Lamamra, em Lisboa.
Ramtane Lamamra avançou que “no dia em que deixei Argel, o Conselho de Ministros aprovou um contrato em que uma grande companhia de construção portuguesa, a Teixeira Duarte, com uma grande companhia argelina privada, venceram o concurso para a construção de um estádio de 50.000 lugares em Constantina”. Acrescentando que “a parceria entre Portugal e a Argélia é prometedora e ocupa um lugar cada vez mais importante numa economia argelina em plena expansão. Não há limite para a nossa amizade nem para as possibilidades de parcerias entre nós”.
O ministro português Rui Machete iniciou na quarta-feira uma série de encontros bilaterais com os seus homólogos de diversos países, à margem da 11.ª Reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros que hoje decorreu em Lisboa e no âmbito da cooperação do Mediterrâneo Ocidental (Diálogo 5+5), co-presidido por Portugal.
O Processo de Cooperação do Mediterrâneo Ocidental, conhecido por Diálogo 5+5, foi criado em 1990 e reúne cinco países do Sul da Europa (Portugal, Espanha, França, Itália e Malta) e outros cinco do norte de África (Marrocos, Tunísia, Argélia, Líbia e Mauritânia). Actualmente é co-presidido por Portugal e pela Mauritânia.
Ramtane Lamamra recordou ainda o “grande potencial” do seu país “que investe no plano quinquenal de desenvolvimento 2010-2014 pelo menos 200 milhões de dólares (146 milhões de euros)” e prometeu “projectos gigantescos” para o plano quinquenal 2015-2019.
O ministro português, que manifestou a intenção de “visitar brevemente” a Argélia, também destacou a cooperação económica bilateral e as “coincidências em questões fundamentais” que preocupam os dois países. “A presença de empresas portuguesas na Argélia é muito significativa para o mercado argelino e para a economia portuguesa, como a construção civil, tecnologias de informação, agroalimentar ou alimentos, mas existe a ambição que se possa alargar mais”, acrescentou.