A Bosch esta envolvida no projecto de investigação ProveIT que tem como foco o desenvolvimento de uma plataforma para informar as intervenções manuais em sistemas logísticos conectados. O objectivo é tornar as cadeias de abastecimento mais económicas e fiáveis.
A indústria e o comércio dependem agora, mais do que nunca, de logísticas de confiança. Contudo, as cadeias de abastecimento enfrentam inúmeros desafios, como tráfego, questões técnicas, produtos em falta, entre outras circunstâncias imprevisíveis. Estas situações apelam a correcções manuais. No projecto ProveIT (plano de produção baseado na recuperação dos planos de rotas de veículos dentro de redes integradas de transporte), os investigadores estão agora a desenvolver uma plataforma informática que vai dar as ferramentas necessárias aos distribuidores para que possam fazer uma avaliação objectiva e intervenções de confiança em sistemas logísticos conectados. O objectivo é desenvolver cadeias de abastecimento de confiança e económicas que não sejam interrompidas por intervenções e reacções mal orientadas. No seguimento da aprovação do parlamento alemão, o projecto de investigação recebeu um financiamento faseado de 2,8 milhões de euros do ministério de Economia e Energia Alemão. A Robert Bosch GmbH é o parceiro principal do projecto.
O sector de logística ainda carece deste tipo de apoio à decisão. Como as cadeias de abastecimento se têm tornado cada vez mais complexas, abrangendo grandes áreas e funcionando de acordo com prazos curtos, qualquer interrupção - bem como qualquer reacção a uma ruptura - tem um efeito multiplicador em toda a rede logística. Sem o acesso a um conjunto fiável de dados e a uma plataforma de TI de elevado desempenho, é extremamente difícil para os especialistas da área logística avaliar se uma medida correctiva faz sentido em qualquer situação.
A plataforma ProveIT vai fornecer aos distribuidores as informações que estes precisam para responder correctamente às perturbações. Esta plataforma foi também desenhada para recuperar rapidamente as redes de transporte interrompidas para que voltem ao seu estado normal de operação. As redes de logística de confiança também são um componente essencial da indústria conectada (indústria 4.0).
A equipa envolvida no projecto está a trabalhar com uma gama de tecnologias familiares, incluindo o rastreio de veículos com GPS e software para o planeamento de transporte. A grande novidade passa pelo facto de as informações de produção também estarem incorporadas no processo de tomada de decisão. Com que urgência é que a fábrica de automóveis, por exemplo, precisa dos materiais encomendados? É caso para abastecer-se de componentes, ou a produção vai registar uma queda caso os materiais não sejam entregues no tempo devido? Dados relativos às vendas unitárias de produtos e situação de tráfego também podem ser incorporados na plataforma que vai reunir todas essas informações e fornecer aos utilizadores (ambas as empresas e prestadores de serviços de logística) uma gama de serviços para o planeamento e gestão de processos logísticos. Por exemplo, se os dados actuais começarem a afastar-se dos objectivos, a plataforma alerta os utilizadores e apresenta respostas adequadas que terão em conta as implicações para a rede de transportes, considerando as acções de forma holística e não isoladamente.
Para habilitar a plataforma a ter em consideração os dados em tempo real, tais como a posição de um veículo ou do estado de entrega, os parceiros do projecto já se encontram a desenvolver uma aplicação que os condutores de camiões podem utilizar nos seus dispositivos móveis.
A plataforma ProveIT não vai apenas beneficiar a indústria e os fornecedores, o comércio e as empresas de transporte também vão ficar a ganhar. O projecto vai garantir também um maior apoio táctico ao estabilizar os sistemas logísticos em caso de perturbação e, ao trazê-los de volta à programação. Isto torna as cadeias de abastecimento mais rentáveis, uma vez que os parceiros do projecto anteciparam que o ProveIT vai ser capaz de reduzir a quilometragem total em cinco por cento para um determinado volume de transportes devido a todas as poupanças que proporciona em termos de energia, custos e emissões de CO2. O projecto vai estar em funcionamento até ao Outono de 2016.