A Parques de Sintra inaugurou o Centro de Interpretação da História do Castelo dos Mouros, bem como a musealização do Campo de Investigação Arqueológica. Ambos os espaços foram integrados no projecto global “À Conquista do Castelo”.

No que respeita ao Centro de Interpretação da História do Castelo dos Mouros, a solução arquitectónica seguiu a linguagem do projecto global ao eleger o aço, o vidro e a madeira de acácia como materiais, reproduzindo a volumetria que se pensa ser a original através de uma estrutura reversível que não apoia nas paredes.

No interior deste espaço foram instaladas vitrinas em aço e vidro, desenhadas para garantir a segurança e conservação das peças. Um dado em osso, uma queijeira, uma chave, uma panela, machados de pedra polida ou moedas portuguesas e espanholas, são algumas das peças que poderão ser vistas e que têm origem desde o Período Neolítico, de 5.000 A.C., até à Idade Média, do século X ao XII.

Também no interior encontra-se uma maqueta do Castelo dos Mouros e da sua envolvente, um vídeo com a História do local e vários tablets com informação multimédia interativa detalhada sobre as peças de cada período e em vários idiomas, que permitirão aos visitantes saber mais sobre este monumento.

No que respeita à musealização do Campo de Investigação Arqueológica, foram implantadas duas plataformas em aço, vidro e madeira de acácia (proveniente de limpezas florestais na Serra de Sintra), para proteger as estruturas de forno e silos do bairro islâmico (século X-XII), bem como as sepulturas de ritual cristão (século XII-XIV), postas a descoberto na encosta nascente do Castelo, permitindo aos visitantes a sua observação e interpretação. Na plataforma adjacente à muralha, foi protegida parte da fundação de uma habitação muçulmana e dois silos geminados com cerca de três metros de profundidade.

Igreja de São Pedro de Canaferrim e de estruturas de uma habitação muçulmana. Estas campanhas permitiram conhecer melhor as ocupações humanas do Castelo, as suas fases construtivas e os espaços de vivência.

Foto: PSML / Wilson Pereira