A primeira fase das obras de alargamento do sublanço da auto-estrada A4, na Maia, Porto, que implica a construção de um novo túnel em Águas Santas de 3,6 quilómetros, deverá estar concluída em Maio de 2017.
Na sessão pública de apresentação da empreitada que decorreu na Maia, Manuel Lamego, da comissão directiva da Brisa (concessionária da obra), explicou que o novo túnel ficará a Norte das duas galerias já existentes, terá quatro faixas de rodagem no sentido Amarante - Porto e representa um investimento de 13,5 milhões de euros. Este valor engloba o projecto, a construção e as expropriações dos terrenos.
Manuel Lamego advertiu para o facto de esta intervenção poder vir a causar “alguns incómodos pontuais” ao tráfego automóvel, no entanto, acredita que os mesmos trarão “grandes benefícios” para as pessoas e um maior desenvolvimento regional.
Segundo este responsável, neste troço da A4 passa diariamente mais de 60 mil carros. Segundo o contrato de exploração de auto-estradas pela Brisa, quando esta média é atingida passa a ser necessário a construção de quatro vias em cada sentido de circulação.
O memso avançou ainda que os dois túneis já existentes, que irão assegurar em exclusivo a circulação no sentido Porto-Amarante, também serão alvo de obras de reabilitação.
A segunda fase da obra, que implica o alargamento e beneficiação de duas para quatro vias do sublanço da A4 - Águas Santas/Ermesinde, será lançado no próximo mês de Novembro a concurso público, as obras deverão arrancar no Verão de 2016 e deverão estar concluídas em 2018.
Este alargamento tem um investimento estimado de 25,3 milhões de euros, valor que engloba a construção e as expropriações.
Manuel Lamego salientou que a construção do novo túnel começa antes da empreitada da ampliação da auto-estrada por “razões de compatibilidade das intervenções”.
Refira-se que a Brisa investe nesta empreitada um valor total de 40 milhões de euros que, além destas obras, exigiu a construção de uma nova escola, a relocalização de um acampamento nómada, a demolição de uma passagem de peões e a execução das acessibilidades do viaduto da Granja (concluído em 1995, mas que nunca esteve operacional).
A Câmara Municipal da Maia, por seu lado, cedeu 12 parcelas para construção, tratou do levantamento, recenseamento e realojamento das pessoas do acampamento nómada, elaborou os estudos e projectos da nova escola e habitações, num investimento de três milhões de euros.
Foto: Adriano Pimenta Arquitectos