A PTPC – Plataforma Portuguesa para a Construção, apresenta no dia 15 de Dezembro, na sede do Banco de Portugal, o ‘Caderno de Síntese Tecnológica – Reabilitação de Edifícios, uma reflexão sobre a estratégia para a reabilitação em Portugal’.
O evento vai contar com a participação de Rita Moura, presidente da PTPC e coordenadora do GT (quadro da Teixeira Duarte, EC, S.A.), Vítor Reis, presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), Vasco Peixoto Freitas, professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – FEUP, director do Laboratório de Física das Construções e coordenador do CST, e José Mendes, secretário de Estado Adjunto e do Ambiente.
Este evento parte do princípio de que, hoje, a reabilitação do património edificado constitui uma das prioridades da construção em Portugal, atendendo ao estado de degradação de muitos dos edifícios. Nesta fase de transição de paradigma - passagem da construção nova para a reabilitação – é imprescindível que o Estado contribua para definir um plano estratégico (2015 -2025). Sem uma estratégia de continuidade não é fácil ao mercado encontrar uma dinâmica adequada.
Nesse sentido, as universidades, empresas, associações profissionais e demais instituições ligadas ao sector da construção têm o dever de contribuir para o diagnóstico da situação, propondo medidas e preconizando o caminho a seguir. É crucial quantificar as necessidades e os investimentos, propor medidas de carater económico e financeiro, reflectir sobre o quadro regulamentar, bem como alertar para preocupações tecnológicas e de durabilidade das soluções.
Um grupo de mais de 30 especialistas, de 15 instituições ou empresas, no âmbito do Grupo de Trabalho da Reabilitação, da PTPC – Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção, elaborou o ‘Caderno de Síntese Tecnológico – Reflexão sobre a estratégia para a reabilitação em Portugal’ que visa sensibilizar os decisores e actores da construção para a absoluta necessidade de se elaborar um verdadeiro plano estratégico.
De acordo com Vasco Peixoto de Freitas, “contrariamente à imagem errada que passa na opinião pública, há um futuro promissor para o sector da construção, cujo contributo para o PIB terá de ser sempre muito significativo”. Acrescentando que “o extraordinário investimento, nas últimas décadas, na construção de novos edifícios conduziu a um excesso de oferta e à não intervenção no património edificado existente, que teve como consequência o abandono do centro das cidades”.
A reabilitação do património edificado representa uma contribuição para a preservação de uma herança cultural bem como para um futuro mais sustentável, através da optimização da mobilidade e das infra-estruturas já existentes.
Em alguns países europeus a reabilitação atinge cerca de 50% do investimento total do sector, enquanto Portugal está ainda muito longe desse número.
O futuro da construção terá de passar pela reabilitação, pelo que é necessária uma regulamentação específica, o que exige uma nova abordagem e um quadro financeiro, legal e estratégico estável.
Este documento elaborado no âmbito do grupo de trabalho de reabilitação da Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção – PTPC, visa sensibilizar os decisores e actores da construção para a absoluta necessidade de se elaborar um verdadeiro plano estratégico, exaustivo, que quantifique as necessidades e os custos, defina um plano e quantifique as metas a atingir, associadas a uma estratégia financeira.