O presidente da Câmara Municipal de Lisboa anunciou o lançamento de um novo pólo criativo e de empreendedorismo no Beato. Para o efeito vai gerir, nos próximos 50 anos, um conjunto de edifícios localizados na antiga fábrica do Exército.

Na cerimónia de apresentação deste projecto, Fernando Medina explicou que, com esta iniciativa, “damos um passo importante na construção do futuro da cidade de Lisboa".

O autarca afirmou que este “projecto que permitir a revitalização e a regeneração da zona Oriental da cidade, de Santa Apolónia à zona do Braço de Prata, isto é, a última zona da frente ribeirinha que não se encontra devidamente consolidada e regenerada". Acrescentando que “é dos esforços mais ambiciosos do ponto de vista do desenvolvimento integrado da zona Oriental de Lisboa desde os tempos da Expo 98".

A autarquia vai passar a deter, por 50 anos, a gestão de um conjunto de edifícios na ala Sul da Manutenção Militar, antiga fábrica do Exército localizada junto ao rio, com uma área superior a 30 mil metros quadrados. Esta cedência, que custou 7,1 milhões de euros ao município como contrapartida, foi hoje concretizada com a assinatura do auto-de-cedência à autarquia pelo Estado.

Fernando Medina aproveitou o momento para frisar que o projecto aposta nas "indústrias do século XXI: as indústrias do mundo digital, da inovação e da criatividade", uma vez que se trata de "um pólo de criação de emprego, de inovação e de artes como esta cidade não tem" e que será desenvolvido "ao longo dos próximos anos".

Salientando que este “será, aliás, um dos pólos mais importantes de toda a Europa, uma das maiores incubadoras de empresas que existem na Europa e será desenvolvido de forma orgânica por várias entidades que aqui se vão instalar". No caso particular da Startup Lisboa (entidade agregada à autarquia) caberá a esta gerir o projecto que será desenvolvido juntamente com privados. A estas últimas entidades caberá pagar as obras de reabilitação, orçadas em perto de nove milhões de euros.

De acordo com o edil, até ao final de 2016 o município concluirá o “masterplan da utilização destas infra-estruturas".

Foto: CML