O Porto de Leixões vai ser objecto de uma ampliação com o intuito de incrementar a sua competitividade internacional. A obra representa um investimento público e privado no valor total de 430 milhões de euros.
A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, na apresentação da Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária 2017-2026, para o Porto de Leixões, em Matosinhos, afirmou que “o objectivo é que o Porto de Leixões consolide e amplie o seu papel de porta de entrada para o Noroeste Peninsular, passando a ter um lugar mais destacado a nível internacional, alargando o seu hinterland em Espanha, e afirmando o seu papel como gateway para além de porto feeder”.
De acordo com a ministra, a ampliação do terminal Sul do Porto de Leixões vai aumentar “em cerca de 25% a capacidade de movimentação de contentores, porque Leixões já está a trabalhar acima dos 90%” da sua lotação. Esta intervenção deverá iniciar-se em 2018 e terminar no ano seguinte.
Ana Paula Vitorino adiantou também que, “no âmbito deste investimento, que é maioritariamente privado, está também prevista a construção de um novo terminal de contentores, um projecto de médio e longo prazo, cuja conclusão se prevê até 2025” e que “irá permitir duplicar a capacidade do Porto”. Acrescentando que, “com este novo terminal, Leixões poderá, não só aumentar a capacidade de movimentação de carga contentorizada, mas também receber navios de maior calado”.
Toda esta estratégia passa ainda por “uma intervenção na plataforma logística, bem como aumentar a eficiência entre os silos e o terminal de granéis”.
A governante defendeu que o Governo tem de “ir mais longe porque, não só o tráfego que se verifica no Porto o exige, como também a economia nacional o requer”, além de que “os projectos já estão todos a ser feitos”.
A ministra lembrou que “as cadeias logísticas eficientes são fundamentais para promover a economia, sendo que - sem estes investimentos - não é possível fazer face às necessidades de competitividade das indústrias da região Norte”.
Para o efeito, explicou que vão ser “criadas comissões de acompanhamento para a execução dos planos de cada um dos portos nacionais”. Estas comissões, segundo Ana Paula Vitorino, “incluirão as autarquias” para “colocar as decisões e envolver os parceiros que podem acrescentar eficiência às decisões públicas”.
Foto: Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A.