A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) considera que o imobiliário deverá crescer 30% em 2017. Mau grado, adverte que esta tendência só se manterá se regressar a construção nova.

Em comunicado, presidente da APEMIP, Luís Lima, afirma que “é necessário voltar à construção nova, e já há procura para tal, sobretudo nas grandes cidades onde o stock é cada vez mais diminuto e os preços atingem valores superiores ao que seria desejável”.

O mesmo documento dá conta que foram transaccionadas cerca de 18,5% casas, em 2016 comparativamente a 2015, perfazendo um total de 127.106 casas. No último trimestre de 2016 o aumento foi de 15,1%.

Apesar de afirmar que estes são “números que vão ao encontro das estimativas da APEMIP”, a realidade é que ficaram aquém das expectativas. Conforme Luís Lima refere: “No início de 2016 a minha perspectiva de crescimento era superior àquela que agora se confirma mas, infelizmente, no decorrer do ano deram-se algumas situações que provocaram retracção e desconfiança junto dos investidores”.

A APEMIP salienta que entre essas “situações” está a criação de um novo imposto sobre o património, o adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis e o “problema de credibilidade” devido a atrasos na concessão de vistos de residência, o que “espantou os investidores, nomeadamente os chineses, que desconfiam da transparência e segurança deste mecanismo”.

Luís Lima conclui que “se não fossem estes dois casos, creio que o crescimento teria sido ainda maior”.

Foto: Anabela Loureiro