Quem o afirmou foi o Primeiro-Ministro António Costa ao dizer que a fase “em que os melhores engenheiros tinham de emigrar para ter trabalho” vai dar lugar é etapa em que “os melhores postos de trabalho chegam a Portugal para aproveitar os melhores engenheiros”.
Esta ideia foi passada na apresentação da nova estrutura da Mercedes Benz, em funcionamento desde o início de Maio, e vai recrutar até 125 pessoas. Para o Primeiro-Ministro esta decisão da empresa em localizar o centro de competências digitais em Lisboa “é mais um sinal claro de que Portugal é hoje um destino atractivo para actividades inovadoras e com elevada exigência em termos de competências”.
António Costa defendeu que Portugal está “aberto ao investimento estrangeiro, à atracção de talentos e ao cruzamento de culturas” e que “fez uma evolução notável nos últimos anos, graças à aposta feita há 20 anos na ciência e na criação de engenheiros”.
Referiu também que “em cerca de dez anos, o número de cientistas e engenheiros na população activa portuguesa passou de 3% para 6,6%” e que “já estamos a poucas décimas de estar ao nível da média europeia”. Com efeito, Portugal passou de 4,7% para 11% de jovens cientistas e engenheiros no escalão etário entre os 25 e os 34 anos, numa evolução que supera a média da União Europeia de 8,8%.
O Governante salientou que depois de se ter dado “prioridade à educação” e, em particular, às “engenharias e áreas tecnológicas”, agora é necessário “continuar a investir nestas prioridades, como a universalidade de acesso ao pré-escolar, a aposta no sucesso educativo no ensino básico e secundário, o alargamento da oferta de frequência do ensino superior e o investimento na ciência e nas competências digitais”.
Foto: Anabela Loureiro