Após um crescimento de 4,5% em 2016, o número de trabalhadores do sector da Construção voltou a subir nos três primeiros meses de 2017, +5,6%, para os 303,7 mil, refere a análise de conjuntura da FEPICOP.

com este resultado, refere a federação, o 1º trimestre de 2017 revelou-se o melhor trimestre inicial dos últimos cinco anos no que ao emprego do sector diz respeito. O aumento do número de trabalhadores da Construção neste período, mais 16 mil, representou 11% do acréscimo do emprego total da economia, o qual evoluiu de forma positiva até Março: +3,2%.

A mesma fonte adianta que verificaram-se, igualmente, sensíveis decréscimos no desemprego (-18,2%, em termos homólogos) e na taxa de desemprego, que, ao descer para os 10,1%, atingiu o valor mais baixo desde o início de 2011.

O dinamismo do mercado imobiliário tem sido apontado como o grande responsável pela recuperação da actividade do sector da Construção. Contudo, também o mercado das obras públicas tem contribuído positivamente para esse resultado.

Até final de Abril registaram-se crescimentos assinaláveis nos valores dos concursos de empreitadas de obras públicas promovidos, +69% em termos homólogos, bem como nos montantes dos contratos já celebrados, +77% face aos quatro primeiros meses de 2016, ano em que se atingiram valores mínimos de investimento público.

Ainda assim, estes sinais de recuperação indiciam que o investimento público poderá vir a acompanhar, já em 2017, a tendência positiva do investimento privado. Os números demonstram que a Construção está a desempenhar um papel relevante na recuperação da economia. A consolidação do crescimento evidenciado no primeiro trimestre, com a economia a crescer 2,8% em termos homólogos, pressupõe a recuperação sentida no sector da Construção.

Neste sentido, as previsões de Primavera da Comissão Europeia, divulgadas recentemente, vêm acentuar este optimismo, ao rever em alta a evolução de vários indicadores para a economia portuguesa, nomeadamente do PIB, de +1,6% para +1,8% em 2017, do investimento total, de +3,8% para +5,4%, e em particular da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em construção, de +1,8% para +6,2%.

Foto: Anabela Loureiro