Com o objectivo de estimular e promover o espírito de cooperação entre os seus associados e dinamizar a vantagem competitiva entre as empresas do sector, a CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista realiza no próximo dia 22 de Junho uma palestra motivacional.
No ano em que assinala o seu 20º aniversário, a CMM faz uma retrospectiva do mercado da construção metálica em Portugal, que tem vindo a desenvolver-se, nos últimos anos, de forma muito positiva e representa hoje um volume de negócios superior a 3.500 milhões de euros/ano.
Neste âmbito vai promover uma palestra motivacional, num evento em que serão ainda homenageados os associados fundadores da associação e atribuídas distinções pelo reconhecimento do seu contributo, aos associados.
Segundo a associação que representa as empresas da Construção Metálica, o volume das exportações, neste sector, que tem registado um crescimento médio anual de 10% desde 2010, devido ao potencial exportador que este tipo de solução assume, foi preponderante para a dinamização deste cluster. Hoje, a construção Metálica representa 2% do volume total das exportações nacionais.
Para Luís Simões da Silva, presidente da CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista, “a Construção metálica tem vindo a contribuir significativamente para a redução do défice comercial português, graças ao peso das exportações. O mercado internacional reconhece a qualidade da indústria portuguesa, que tem crescido nos mercados exigentes e competitivos da Europa, para o qual exportamos cerca de 1.3 mil milhões de euros em 2015. No que respeita aos mercados emergentes fora da UE, que tem vindo a afirmar-se gradualmente, o setor tem exportado cerca de 250 milhões euros, essencialmente para África e América Latina, valores de 2015”.
Luís Simões da Silva reforça que “o mercado internacional sabe bem que as empresas portuguesas conseguem colocar qualquer estrutura metálica em qualquer parte do mundo. Instalação de bases fabris em Marrocos, construção de pavilhões e armazéns na Guiné Bissau, fornecimento de estruturas metálicas para plataformas de exploração petrolífera em Angola são apenas alguns projectos com a assinatura nacional”.
O sector da construção metálica, que se afirmou nos últimos anos do ponto de vista da inovação e da internacionalização, concentra no Norte e Centro do País a maioria das empresas e emprega atualmente mais de 26 mil postos de trabalho. E, tem procurado manter uma estreita relação com as Universidades e Centros de Investigação para o desenvolvimento de soluções cada vez mais inovadoras. A robótica é uma dessas apostas.
“Devemos continuar a apostar na exigência, na inovação e na qualidade da produção e na crescente qualificação e especialização dos profissionais do sector. E, esta situação nem sempre acontece. Sabemos que algumas das empresas nossas associadas têm tido alguma dificuldade na contratação de determinadas categorias profissionais. A aposta na especialização e o investimento nas pessoas vão ser fundamentais para manter o ritmo crescente do sector da construção metálica”, conclui Luís Simões da Silva.