A Aguirre Newman apresentou hoje o “Estudo da Migração das Empresas” para o mercado de escritórios de Lisboa. Das conclusões apresentadas o destaque vai para o facto de existir uma resistência à mudança de zona e de serem as novas empresas as que têm vindo a arrendar mais escritórios na capital.

Uma das primeiras conclusões que este estudo revelou foi que existe uma lealdade para com a própria origem, ou seja, ainda existe uma grande “resistência à mudança de zona”, como afirmou o director geral da Aguirre Newman, Paulo Silva. Daí que, em 2013, cerca de 37% do número de transacções tenham sido realizadas dentro da mesma zona. Aliás, metade do número de transacções corresponderam a mudanças de escritórios mais pequenos para escritórios maiores e/ou contratação de área adicional na mesma morada.

Do mesmo modo, verificou-se que, no período 2012 /2013, existiu também uma apetência por zonas contíguas na deslocação de empresas em Lisboa, nomeadamente no que concerne às Zonas 1 (Prime CBD), 2 (CBD) e 3 (Zona Emergente). Tal, segundo a Aguirre Newman, ficou a dever-se ao facto de “estas três zonas constituírem um ‘contínuo geográfico’ dentro da cidade de Lisboa, onde os níveis de acessibilidade e serviços disponíveis são de algum modo comparáveis”.

Os dados avançados revelaram ainda que cerca de 25% do número de transacções ocorridas em 2013, foram primeiras instalações. Ao todo surgiram 47 startups que procuraram zonas como Miraflores ou Parque das Nações. Para esta situação muito contribuiu, como Paulo Silva explicou, o aparecimento de “empresas novas”, ainda que tenha sido “um empreendorismo forçado” e “fruto de situações de desemprego”. Este panorama explica também por que razão no ano passado existiu uma das mais baixas áreas de escritórios arrendadas, é que estas novas empresas possuem pequenos recursos e, como tal, procuram espaços de menores dimensões.

 

Os números do ano passado não foram muito animadores para o mercado de escritórios, sobretudo quando se tem em consideração valores como a área contratada que sofreu uma quebra de cerca de 24% face à registada no ano de 2012. Além de que, do total de operações registadas, 116 transacções corresponderam à contratação de uma superfície inferior a 300 m².

Refira-se que em 2013 foram concluídos apenas sete edifícios de escritórios com uma oferta nova de 30.938 m², no entanto, para o período 2014/2015 está prevista a conclusão de mais seis edifícios de escritórios, o que irá elevar a oferta para 51.750 m².

Nota: Zona 1 - Prime CBD: Eixo da Av. da Liberdade à Praça Duque de Saldanha; Zona 2 - CBD: Eixo da Av. da República, Av. Duque de Loulé e zona das Amoreiras; e Zona 3 - Zona Emergente: Eixo do Campo Grande à 2.ª Circular, zona de Benfica, Praça de Espanha e Sete Rios.

Turismo de Lisboa / www.visitlisboa.com