De acordo com os profissionais do sector, o tempo médio de venda de imóveis residenciais passou, neste último mês de Setembro, para os 13 meses, (sendo este o melhor resultado desde Junho 2012), e o tempo médio de absorção dos arrendamentos revela também uma ligeira diminuição aproximando-se dos quatro meses, quando era de 5,3 em Agosto.

De acordo com o IMI – Imovirtual Market Index, o mercado imobiliário nacional apresentou uma curva de sinal positivo, registando um comportamento bastante mais optimista face ao registado no mês anterior. Este barómetro mensal, elaborado em parceria entre o Imovirtual e a REVConsultants, revela que o tempo de venda do produto residencial diminuiu para perto de 13 meses, o melhor resultado desde Junho 2012 (apenas equiparado em Junho último).

O estudo, que ausculta profissionais de mediação imobiliária, consultores imobiliários, empresas de gestão e administração de imóveis, entre outros, desvenda, de igual forma, que o tempo de absorção dos imóveis de arrendamento ronda agora os quatro meses, denotando-se uma ligeira diminuição neste segmento de mercado (em Agosto situava-se nos 5,3 meses). Os números avançados revelam também que 62,8% da procura imobiliária, em Setembro, foi orientada para apartamentos e 39,2% concentrou-se no distrito de Lisboa.

Um dos factores que mais contribuiu para a melhoria do IMI – Imovirtual Market Index foi a descompressão observada ao nível das expectativas de curto-prazo, em particular as relacionadas com o desenvolvimento da actividade, e com o aumento do número de potenciais interessados.

No mês de Setembro, o IMI – Imovirtual Market Index, revelou os seguintes dados do inquérito efectuado: 44% dos participantes no inquérito mencionou um aumento do produto em carteira (tanto em termos de valor, como em termos de volume); 49% dos inquiridos registou um aumento de visitas de potenciais interessados (resultado mais representativo desde o início da série em Junho de 2012), sendo que apenas 11% mencionou uma eventual contração deste indicador; 49% dos inquiridos observaram uma estabilização no que concerne à concretização das transacções, e cerca de 33% dos profissionais mencionou inclusivamente um aumento dos negócios efetuados (destacando-se com o valor mais elevado desde o início da série); e 47% das respostas obtidas apontam para um comportamento estável em termos da actividade imobiliária, valor que contrasta com os 14% de opiniões expressas que referem um decréscimo do dinamismo observado.

De entre os principais obstáculos que intervêm no funcionamento do mercado, destacam-se, à semelhança do mês anterior: a restritividade bancária, que registou uma representatividade de 55% (valor superior ao registados nos últimos meses e que aponta para a manutenção de barreiras à concessão de crédito à habitação por parte das instituições financeiras); a instabilidade no mercado de trabalho, com uma incidência de cerca de 48% das respostas obtidas; e a diminuição do poder de compra, de acordo com 47% dos profissionais que participaram no inquérito.

A REVConsultants, no curto prazo, observou, em termos de expectativas no âmbito de nível de preços, a manutenção deste indicador para 69% dos inquiridos, sendo que 23% antecipa um aumento da variável em análise. Em relação ao dinamismo da atividade, as expectativas de 47% dos inquiridos apontam para uma melhoria da mesma, sendo de realçar a este nível que apenas 4,5% acredita na deterioração das condições em que o mercado imobiliário opera, pessimismo que se refreou no mês em análise.