O estudo promovido pelo Imovirtual Market Index (IMI) revelou que 45% dos inquiridos registaram um aumento de visitas de potenciais interessados. Apesar disso, o tempo médio de venda apresentou uma morosidade de 12 meses e o de arrendamento rondou os 4,5 meses.

O IMI, indicador que reflecte a expectativa dos agentes imobiliários em Portugal, desenvolvido em parceria com a REVConsultants, iniciou 2015 com uma curva de mercado positiva, evidenciando o optimismo no mercado imobiliário no começo do ano.

Em Janeiro, a colocação de imóveis residenciais para venda registou-se nos 12 meses (mantendo-se praticamente inalterada face ao mês anterior) e o tempo médio de arrendamento apresentou-se nos 4,5 meses, apresentando um ligeiro aumento face ao mês transacto (3,7 meses).

A instabilidade do mercado de trabalho, referida por 49% dos inquiridos, assim como a restritividade bancária, apresentada por 43% dos inquiridos, foram os principais fatores soció-económicos evidenciados em Janeiro, que se destacaram pelo seu cariz negativo no funcionamento do mercado. Pela primeira vez, a desadequação do produto imobiliário em relação à procura (41%) foi destacada como um obstáculo, em lugar do factor “diminuição do poder de compra” habitualmente referido.

No mês em foco, a REVConsultants, com base na análise do IMI, destaca que 48% dos participantes no inquérito identifica um aumento de produto em carteira e 40% refere que se manteve; 45% dos inquiridos observou um aumento de visitas de potenciais interessados, 43% refere uma estabilização e apenas 12% menciona uma diminuição; e 54% dos inquiridos menciona observar uma estabilização no que concerne aos negócios concretizados.

Não obstante, cerca de 27% refere que registou um aumento na concretização das transacções; 52% dos inquiridos registou um comportamento estável no desenvolvimento da sua actividade, contrastando com 12% que menciona um decréscimo da mesma (representatividade inferior ao mês anterior); e 36% menciona um desenvolvimento positivo da mesma.

Relativamente a expectativas futuras, 70% dos inquiridos pressupõe uma melhoria da actividade, sendo que apenas 2% acredita na deterioração das condições em que o mercado imobiliário opera, pessimismo que se reprimiu no mês em análise.

Foto: Anabela Loureiro