Segundo o Imovirtual Market Index (IMI), o tempo médio de venda e de arrendamento diminuiu em Fevereiro face a Janeiro, com 11,8 meses e 3,7 meses respectivamente. Este indicador revela ainda que 50% dos inquiridos observa uma estabilização nos negócios concretizados.
O IMI, indicador que reflecte a expectativa dos agentes imobiliários em Portugal, desenvolvido em parceria com a REVConsultants, continua a mostrar índices positivos no mercado português, mantendo-se um optimismo generalizado relativo a novos produtos e a visitas realizadas por potenciais interessados, com expectativas de sinal positivo no desenvolvimento da actividade no curto prazo.
O estudo, que incide em profissionais de mediação imobiliária, consultores imobiliários, empresas de gestão e administração de imóveis, entre outros, revela que, em Fevereiro, em média, a colocação de imóveis residenciais para venda apresentou um tempo de 11,8 meses (registando o valor mínimo desde o início da série). No referente a imóveis para arrendamento, registou igualmente o valor mínimo desde Julho de 2012, apresentando um tempo médio de absorção de 3,7 meses.
No mês de Fevereiro, a REVConsultants com base na análise do IMI destaca os seguintes indicadores: 48% dos participantes no inquérito menciona o aumento de produto em carteira e 41% mencionam a manutenção; 44% dos inquiridos observou um aumento de visitas de potenciais interessados, 42% refere uma estabilização e 14% menciona uma diminuição; 50% dos inquiridos constacta uma estabilização no que concerne aos negócios concretizados, não obstante cerca de 27% referir que registou um aumento na concretização das transacções; 51% dos inquiridos, registou um comportamento estável no desenvolvimento da sua actividade, contrastando com 15% que menciona um decréscimo da mesma (representatividade superior ao mês anterior); 35% menciona um desenvolvimento positivo da mesma.
Os principais obstáculos apontados pelos inquiridos como condicionantes do pleno funcionamento do mercado, são incontornavelmente associados a indicadores de cariz sócio-económico, nomeadamente a instabilidade no mercado de trabalho, com uma incidência de cerca de 52%, a restritividade bancária, que registou uma representatividade de 44%, e a diminuição do poder de compra, 42%.
Em relação ao dinamismo da actividade, as expectativas de 68% dos inquiridos é de uma melhoria da mesma, sendo que apenas 3% acredita na deterioração das condições em que o mercado imobiliário actua.
Foto: Anabela Loureiro