O mais recente Portuguese Housing Market Survey (PHMS) revela que os mediadores e promotores imobiliários têm expectativas positivas quanto à evolução do preço das casas em Portugal.
De acordo com o inquérito mensal produzido pelo RICS e pela Confidencial Imobiliário (Ci), os resultados de Novembro deste survey mostram que os inquiridos antecipam que, ao longo dos próximos cinco anos, os preços das casas aumentem, em média, cerca de 4% por ano. As expectativas são sustentadas pela recuperação da actividade no mercado de compra e venda, que continuou a recuperar a um ritmo constante em Novembro.
“As expectativas permanecem positivas para a maioria dos agentes que participam no PHMS, especialmente por parte dos mediadores que actuam junto de investidores internacionais”, começa por explicar Ricardo Guimarães, director da Ci, acrescentando que “mesmo com a incerteza que as recentes alterações políticas acabaram por aportar, há diversos fatores positivos que dão sustentação às tendências positivas quer nos preços quer na procura”.
Para Simon Rubinsohn, economista sénior do RICS, “o crescimento do emprego, a descida das taxas de juro para o crédito à habitação e o crescimento da procura por crédito estão entre os fundamentos que sustentam a continuidade da tendência de melhoria no mercado de compra e venda de habitação”.
De acordo com o inquérito de Novembro, a procura, medida pelas novas instruções de compra, continuou a crescer, ainda que a um ritmo ligeiramente mais moderado. Também as vendas cresceram a um ritmo sólido e as expectativas são para que o volume transaccionado continue a crescer. O PHMS destaca ainda que o crescimento da procura se mantém superior ao crescimento da oferta, o que tem sustentado a tendência de recuperação dos preços, embora também a um ritmo menos acelerado nos últimos meses.
No mercado de arrendamento, a procura também continuou a crescer em Novembro, de acordo com o PHMS, enquanto a oferta de casas para arrendar caiu uma vez mais. Esta relação entre as duas forças tem levado a uma ligeira recuperação das rendas, que se mantém há já sete meses ininterruptos. Quanto às expectativas para as rendas, apontam para que o seu crescimento acelere nos próximos meses, mesmo que ligeiramente.
Foto: Anabela Loureiro