Um ‘Sunset Cocktail’ no Rooftop do edifício-sede da Aguirre Newman em Portugal serviu de mote para o lançamento da análise do mercado imobiliário do 1º semestre de 2016. O dia mostrou-se ‘quente’, sobretudo ao nível das novidades do mercado e do sucesso que o primeiro semestre deste ano tem-se revelado no imobiliário português.
O evento decorreu no final da tarde do dia 14 de Julho e contou com a presença da jovem e dinâmica equipa da consultora imobiliária Aguirre Newman.
De acordo com a Aguirre Newman o ano de 2016 tem vindo a seguir os passos de 2015, para o efeito basta analisar o comportamento do mercado durante o período homólogo, pelo que, avaliando a globalidade dos segmentos que caracterizam a actividade imobiliária em matéria de propriedade comercial, escritórios, retalho, indústria e investimento, confirmam-se todas as expectativas positivas.
Assim, na área de escritórios contratada entre Janeiro e Junho de 2016 (73.816 m²), em termos acumulados, verificou-se que foi superior em cerca de 45% à registada em igual período do ano transacto (50.776 m²). Em Junho de 2016 foram contratados 21.083 m² de escritórios, valor 65% acima do registado em igual período de 2015 (12.763 m²).
A superfície média contratada por transacção, de Janeiro a Junho, aumentou cerca de 92%, de 413 m², em 2015, para 794 m², em 2016. E do total da área contratada, de Janeiro a Junho de 2016, 3% são em edifícios novos e os restantes 97% em edifícios usados, denotando-se uma incidência clara por instalações usadas. Durante o 1º semestre, o sector ‘Serviço Empresas’ destaca-se, tendo sido responsável por 43% da área contratada (31.593 m² num total de 73.816 m²).
Comparando a Absorção Anual vs Absorção 1º Semestre, contata-se que em 2008 atingiu o seu valor relativo mais alto (90%) e em 2011 o seu valor mais baixo (50%), traduzindo respectivamente o ‘melhor’ e o ‘pior’ desempenho relativo dos restantes trimestres nesse ano. A consultora avançou também, para 2016, três valores previsíveis de take up. Assim, a primeira projecção aponta para 176.000 m², traduzindo a média do período 2003/2015 para o valor da Absorção do 1º semestre na Absorção Anual; a segunda projecção corresponde a 127.000 m², ou seja, obtendo o valor mais baixo; e a terceira e última projecção estima 228.000 m², isto é, o valor mais alto.
No que diz respeito ao mercado de retalho, a consultora afirma que, actualmente, está bastante centrado nas lojas de rua, tanto a no mercado de investimento como na procura. Ao nível da procura existe uma escassez de lojas nas zonas prime pelo que os operadores estão a desviar-se para outras zonas da capital, como a Baixa e o Príncipe Real, com isso os preços por m² estão a aumentar, realidade que, até então, não se tinha verificado. Uma outra realidade focada nesta análise é que, quando se tem em consideração a perspectiva dos investidores, denota-se um claro foco pelas zonas prime, o que tem implicado descidas das yields.
Uma boa notícia foi avançada ao nível do mercado de indústria que está em retoma, ainda que pouco expressiva; do mesmo modo, relativamente ao que se registava no mercado há cerca de cinco anos, sente-se também uma melhoria na procura de logística. Aliás, esta análise adianta que as perspectivas de conjuntura económica também indicam uma evolução positiva deste sector para os próximos anos, tanto ao nível da procura como de investimento.
Em termos de investimento, durante o primeiro semestre de 2016, estima-se que Portugal terá recebido um total de 1.100 milhões de euros, resultantes de cerca de 35 transacções, na sua grande maioria de origem internacional. Este valor assemelha-se com o montante de 1.200 milhões de euros investidos em Portugal no primeiro semestre de 2015.
Na análise do investimento por sector de actividade, o sector de Escritórios destaca-se ao captar cerca de 43% do total de investimento realizado no 1º semestre de 2016. Segue-se o sector de Centros Comerciais com o registo de cerca de 19% do total de investimento realizado, traduzido em cerca de 205 milhões de euros investidos e 82.000 de m² transaccionados.
Dos negócios realizados salienta-se a aquisição do Campus de Justiça propriedade do Fundo Office Park Expo, pelo francês Pierre Castel, 49% do investido em escritórios neste semestre. Relativamente aos Centros Comerciais, 90% do investimento realizado, foi destinado à compra do Algarve Shopping e Estação Viana.
A direcção-geral da Aguirre Newman mostrou-se confiante em relação aos resultados que poderão ser obtidos até final do ano, com excelente dinâmica quer nas operações de Investimento, Agência e Hospitality, quer em projectos de arquitectura nas suas várias vertentes, com especial enfoque na arquitectura de interiores e reabilitação. Nesta última área, a directora do departamento de Arquitectura, Joana Rodrigues, salientou alguns projectos de prestígio em que a consultora está envolvida, nomeadamente o contact center da ManpowerGroup Solutions, na Torre Oriente das Torres do Colombo, ou os escritórios da marca Chanel que vão abrir ainda este ano no edifício da Praça Marquês de Pombal 16.
A Aguirre Newman deixa ainda uma última nota relativamente aos acontecimentos que se têm vindo a verificar a nível internacional - Brexit e sua influência nos destinos da União Europeia -, considerando que é “ainda cedo para se calcular as suas repercussões, na convicção que dos mesmos virão grandes desafios mas também oportunidades”.