No Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2015, divulgado pelo Banco de Portugal (BdP), revela que o crédito à habitação registou uma forte recuperação em 2015. Para tal muito contribuíram os aumentos dos novos contratos (51%), dos valores (65%) e do crédito aos consumidores.

Em comunicado o BdP refere que existiu uma forte recuperação no crédito à habitação no ano transacto, em termos homólogos, que existiu um aumento de 9,2% do montante médio dos novos contratos e que existiu também um aumento do prazo médio contratado.

Nesta análise contata-se que 89,5% dos contratos foram celebrados com taxa de juro variável, valores que em 2014 foram de 88,8%; e manteve-se a Euribor a seis meses como o indexante mais utilizado, em 59,3% dos contratos. Já o spread (margem de lucro cobrada pelos bancos) médio dos contratos situou-se em 2,31 pontos percentuais, ou seja, menos 0,67 pontos percentuais do que em 2014.

O BdP refere igualmente que o número e o montante de reembolsos antecipados aumentaram, 1,8% e 31,5% respectivamente, face ao ano anterior. Mau grado, o número de renegociações de contratos desceu 18,6%.

Ao nível do crédito aos consumidores, o número e o montante de novos contratos de crédito aumentaram 7,8% e 23% respectivamente, em termos homólogos, sobressaindo o crédito automóvel que subiu 40,9% no montante concedido, face ao aumento de 33,2% em 2014. Refira-se que o aumento do crédito concedido foi acompanhado pela redução do custo do crédito em todos os segmentos.

Nota ainda para a taxa anual de encargos efectiva global (TAEG) média do mercado que foi, no último trimestre de 2015, de 11,9%, isto é, menos 1,7 pontos percentuais do que no período homólogo de 2014.

Foto: Anabela Loureiro