De acordo com o Imovirtual Market Index (IMI), os tempos médios de venda e de arrendamento diminuíram, situando-se respectivamente nos 8,0 e nos 2,5 meses. O indicador avança ainda que os agentes imobiliários expressam tendência negativista dada a estagnação em termos de potenciais visitas, concretização de negócios e actividade.
Segundo este indicador que reflecte a expectativa dos agentes imobiliários em Portugal, desenvolvido em parceria com a REVConsultants, apesar da curva de mercado positiva, o mês de Julho revelou uma tendência negativista no que diz respeito a potenciais visitas e à concretização de negócios.
No que diz respeito às visitas realizadas por potenciais interessados, 50% referiram que se mantiveram (versus 40 % no mês transacto); 37% referiram que aumentaram (vs 48% no mês transacto); e 13% referiram que diminuíram (vs 12% no mês transacto).
No que se refere à manutenção dos negócios concretizados, 57% dos inquiridos indicou a manutenção dos mesmos (vs 42% no mês transacto); 23% mencionou um aumento da variável em análise (vs 35% no mês transacto); e 21% registou uma diminuição (vs 23% no mês transacto).
Já no que concerne ao desenvolvimento da actividade, 59% dos inquiridos refere que o seu negócio se mantém; 29% observou um comportamento positivo (vs 38% no mês transacto); e 12% mencionou um decréscimo da mesma, com uma representatividade superior ao mês anterior (vs 11% no mês transacto).
O IMI revela que também que os tempos médios de venda e de arrendamento diminuíram face ao mês anterior, situando-se, respectivamente, nos 8,0 e 2,5 meses (menos 1,4 e 0,9).
De acordo com os agentes imobiliários inquiridos, os principais factores negativos que tiveram especial impacto no mercado imobiliário durante o mês de Julho foram principalmente de cariz sócio-económico, nomeadamente a desadequação do produto imobiliário existente em relação à procura (42%), a instabilidade no mercado de trabalho, com uma incidência de cerca de 31% e a diminuição do poder de compra, com um valor de 28%.
Nesta análise, e em termos de expectativas ao nível de preços no curto prazo, 50% dos inquiridos considera que se deverão manter e 44% antecipa um aumento. Em relação ao dinamismo da actividade, as expectativas de 57% dos inquiridos é de uma melhoria da mesma, sendo de realçar, a este nível que apenas 3% acredita na deterioração das condições em que o mercado imobiliário opera, pessimismo que diminuiu no mês em análise.
Foto: Anabela Loureiro