De acordo com o Imovirtual Market Index (IMI), o mês de Agosto apresentou um declínio do optimismo dos agentes imobiliários. Ainda assim, revela também que as expectativas tendem a melhorar já a partir de Setembro.
Este indicador que reflecte a expectativa dos agentes imobiliários em Portugal, desenvolvido em parceria com a REVConsultants, demonstrou que o pessimismo dos agentes do imobiliário ficaram a dever-se a factores como o negativismo em termos de potenciais visitas, a manutenção de negócios e a manutenção da actividade.
Por outro lado, os agentes imobiliários observaram também uma diminuição no tempo de colocação de imóveis para venda e arrendamento que registou o valor mais baixo desde o início da série, em Julho de 2012.
Segundo o IMI, em Agosto, em termos médios, a colocação de imóveis residenciais para venda apresentava uma morosidade de 7,9 meses (valor mínimo desde Julho de 2012). No referente a imóveis para arrendamento, o tempo médio de absorção rondou os 2,4 meses, apresentando igualmente um valor mínimo desde o início da série.
No período em análise, observou-se que 48% dos inquiridos mencionou que manteve o número de visitas realizadas por potenciais interessados, uma ligeira diminuição face ao mês anterior (50%); 54% referiu a manutenção dos negócios concretizados e 24% mencionou uma diminuição dos mesmos; e 54% observou um comportamento estável no desenvolvimento da sua atividade, contrastando com 21% que mencionou um decréscimo da mesma.
De acordo com os agentes imobiliários inquiridos, entre os principais factores com pendor negativo no mercado imobiliário contam-se: a desadequação do produto imobiliário existente em relação à procura (43%); a instabilidade no mercado de trabalho (36%); e a diminuição do poder de compra (27%).
Metade dos agentes imobiliários inquiridos manifestaram que, no curto prazo, os preços dos imóveis se deverão manter, enquanto 44% antecipa um aumento da variável em análise. Em relação ao dinamismo da actividade, as expectativas de 65% dos inquiridos é de uma melhoria da mesma, sendo que apenas 1% acredita na deterioração das condições do mercado imobiliário.
Foto: Anabela Loureiro