Excelente, magnífica e luminoso são os adjectivos mais usados para vender uma casa em Portugal, de acordo com o idealista. As casas ‘belíssimas’ custam em média 414.911 euros e as ‘sossegadas’ 365.755 euros. E as ‘fantásticas’ são mais caras (420.735 euros) do que as ‘tranquilas’ (360.093 euros) e mais baratas que as de “luxo” (477.266 euros).

A venda de uma casa exige, além de um esforço para conhecer o mercado e um book fotográfico, uma boa descrição que pormenorize da melhor forma possível todas as características do imóvel. Um estudo realizado pelo idealista, que analisou os adjectivos mais usados nas descrições dos anúncios, revela que ‘excelente’, ‘magnífica’ e ‘luminoso’ são as qualidades que mais destacam os proprietários e os profissionais imobiliários.

A lista dos 10 adjectivos mais utilizados completa-se com ‘belíssima’, ‘sossegada’, ‘espaçoso’, ‘ampla’, ‘tranquila’, ‘luxo’ e ‘fantástica’.

Os diferentes adjectivos qualificativos marcam também os preços da habitação. Assim sendo, os ‘excelentes’ têm um preço médio de 304.220€ enquanto os anúncios que incluem a palavra ‘magnífica’ situam-se nos 416.212 euros. Os ‘luminosos’ têm um preço médio de 408.670 euros, as ‘belíssimas’ 414.911 euros e as ‘sossegadas’ 365.755 euros. As ‘fantásticas’ são mais caras (420.735 euros) do que as ‘tranquilas’ (360.093 euros) e mais baratas que as de luxo’ (477.266 euros).

Em função do intervalo de preço em que se encontra à venda o imóvel, os adjectivos preferidos dos vendedores também variam. Nas casas mais exclusivas (com um preço superior a um milhão de euros), ‘magnífica’ é o adjectivo mais utilizado, seguido por ‘luminosa’, ‘belissímo’, ‘excelente’ e ‘ampla’. Nos intervalos de preços mais económicos (com um valor inferior aos 150.000 euros) os principais adjectivos são similares aos gerais, surgindo dois novos conceitos: ‘óptimo’ e ‘especial’.

Neste estudo, concluiu-se ainda que os proprietários preferem utilizar adjectivos do género feminino (17 dos 30), seguido pelo género masculino (sete) e neutro (seis).

Apesar das diferenças entre os vários mercados imobiliários do País, a maioria dos proprietários partilha as mesmas capacidades descritivas na hora de vender as suas casas: ‘excelente’ e ‘magnífica’ são os reis do vocabulário imobiliário em quase todas as regiões. O adjectivo ‘espaçoso’ surge também em todas as regiões, enquanto o Centro é a única região que não contempla ‘luminoso’ na sua lista de adjectivos mais utilizados.

Dentro do intervalo de preços mais baixos (menos de 150.000 euros), na região de Lisboa surge ‘remodelado’ e no Algarve ‘renovado’, adjectivos que não se encontram na lista das restantes regiões.

No mercado de mais de um milhão de euros, ‘luxo’ é transversal a todas as regiões. Nas regiões do Alentejo, Algarve, Madeira e Lisboa, ‘única’ é o adjectivo comum a todas elas, sendo que na região de Lisboa os proprietários preferem usar o seu género masculino ‘único’. Por outro lado, no Centro e Norte, ‘original’ e ‘especial’ é a forma utilizada para descrever os imóveis de luxo.