O Primeiro-Ministro António Costa na abertura do WebSummit, que decorre em Lisboa até ao dia 10 de Novembro, afirmou que Portugal é “um país dinâmico, aberto ao progresso, à inovação e aos negócios”. Anunciando ainda um programa de 200 milhões para investimento em empresas inovadoras.

Neste evento, o Primeiro-Ministro defendeu que o empreendedorismo “tem de ser baseado num processo permanente e constitui um desafio para as políticas públicas”, sendo que “essa aposta permite uma renovação do tecido económico e um crescimento económico sustentável, com a criação de emprego qualificado”, pois “só assim se consegue assegurar a melhoria do nível de vida dos cidadãos”.

António Costa advertiu as empresas para a “experimentação contínua”, para a “disponibilidade para a assunção de riscos” e para a “troca de ideias que vai ter lugar aqui em Lisboa contribuirá certamente para reforçar o espírito empreendedor e para melhorar as condições para investir e criar empresas em Portugal”.

Salientou ainda que o Executivo quer “aproveitar a WebSummit, não só para afirmar Portugal como a localização para empreender e investir, mas também para desenvolvermos as nossas políticas públicas de apoio ao empreendedorismo”, uma vez que considerou este evento uma oportunidade para “alargar o ecossistema” da inovação e “aprender com as experiências dos outros e aprendermos nós próprios a termos um ecossistema mais favorável ao investimento”.

O Primeiro-Ministro dirigiu-se ainda aos participantes dizendo que faz votos para “que depois queiram regressar, trabalhar e investir em Portugal”.

Recorde-se que o Primeiro-Ministro anunciou um programa de 200 milhões para investimento em empresas inovadoras mas fez a ressalva para o facto de que o “Estado põe 200 milhões de euros mas quem decide a sua aplicação são os investidores internacionais ou nacionais que escolhem as melhores empresas, os melhores projectos, a quem é necessário assegurar capital de risco para poderem arrancar e desenvolver a sua actividade”.

António Costa explicou que este instrumento foi criado porque “muitas empresas em Portugal, sobretudo nos sectores mais inovadores e mais disruptivos, da robótica à biotecnologia, têm encontrado dificuldades em encontrar financiadores que estejam capacitados e aptos a perceber os novos desafios e as novas oportunidades dos novos negócios”. Esclarecendo, de igual modo, que “muitas dessas empresas têm felizmente encontrado financiamento lá fora”.

Perante este cenário, o Governo percebeu que “a melhor forma de apoiar o financiamento era através do coinvestimento e lançámos este programa, o ‘200 M, Coinvest with the best’ (‘200 milhões, co-investir com os melhores’)”, avançou o governante que avançou ainda que, com este novo instrumento, “julgamos que, se pusermos o dinheiro acessível às pessoas certas para realizar os projectos certos, nós teremos condições para fazer os melhores investimentos”.

“Queremos fazer melhor, queremos fazer mais rápido, queremos ir mais longe e sabemos que temos muito a aprender convosco”, concluiu António Costa.

Foto: Primeiro-Ministro António Costa com o presidente do WebSummit, Paddy Cosgrave, na abertura do WebSummit 2016 - Portal do Governo/Miguel A. Lopes/Lusa