O último dia das 10as Jornadas de Facility Management (FM), ficou marcado pela análise da Tecnologia e da Segurança como parte integrante do FM, quer no presente e no futuro, quer nos desafios da mudança.
O evento decorreu no dia 17 de Novembro, no MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (Edifício Central Tejo), em Lisboa, onde se apurou que a tecnologia representa uma grande mais-valia para o FM e a forma como são geridos os espaços (públicos ou privados) e as pessoas quando em interação com esses mesmos espaços. De acordo com a organização, “caminhamos a passos curtos para uma transformação que não será apenas no futuro. Já está a acontecer. As cidades e todas as pessoas, edifícios e serviços que co-habitam o mesmo espaço já estão a operar de forma sincronizada, o que permite rentabilizar os processos e melhorar a qualidade dos serviços prestados”.
Juan Beneytez (Ferrovial), André Calixto (NextBitt), Carlos Ferreira (TDGI), Miguel Pereira (EEE), e Filipe Rodrigues (Siemens) protagonizam o primeiro painel do dia, subordinado ao tema ‘A digitalização do FM – FM 4.0’. Apesar de operarem em áreas distintas, os oradores trouxeram ao painel ideias muito próximas do que será o FM num futuro muito rápido, “amanhã talvez”. A introdução e aplicação de tecnologias como o NFC, a realidade aumentada/virtual, a internet of things, machine learning & big data e ainda o BIM (uma tecnologia de simulação) trará verdadeiras revoluções na forma como se pensa e se concretiza FM. Estas tecnologias, quando aliadas a projectos, empresas, espaços ou pessoas tornam-se imprescindíveis para o aumento da confiança, fiabilidade, sustentabilidade e rentabilidade das organizações.
Na mesma óptica da tecnologia, mas aplicado a uma escala mais abrangente, que são as cidades e tudo o que nela co-habita, segue-se o painel ‘O FM no contexto das smart cities’ protagonizado por Francisco Cruz (Siemens), Rosália Rodrigues, (Microsoft) e António Ruivo Meireles, (ndBIM). A complexidade das instalações, o alargamento das áreas de actuação do FM e a exigência crescente do end user progridem, necessariamente, na evolução do FM. E se os processos de comunicação, manutenção e gestão eram arcaicos e morosos há pouco mais de 10 anos, neste momento, assistimos a uma mudança galopante dos mesmos, tornando-se mais rápidos, eficazes e eficientes, aproximando, cada vez mais, as pessoas, a tecnologia e os espaços.
A tarde foi dedicada à segurança pública e privada e até mesmo online, enquanto parte integrante do FM. O painel ‘Os desafios da segurança em meio institucional’, protagonizado por Maria João Conde (APSEI), Inês Pires (Manvia), Comissário Sérgio Saldanha (PSP), Silvestre Machado (Grupo Auchan), Pedro Mendonça (APCC) e Valentim Oliveira (SIBS), traz até à plateia diferentes perspectivas da segurança e na forma como o próprio edificado poder ser um elemento facilitador ou dificultador da manutenção e implementação de políticas de segurança, nos diferentes locais. Espaços privados, públicos ou até mesmo na via pública, a segurança deve ser um item a contemplar ainda em fase de projeto. A chave da segurança é a prevenção e antecipação, antevendo as vulnerabilidades.
A sessão de encerramento das 10as Jornadas FM ficou a cargo de Carlos Lourenço (APCADEC), João Paulo Saraiva (CML) e Pedro Branco Ló (APFM).
As 10as Jornadas FM contaram com a participação de mais de 30 oradores nacionais e internacionais que no seu dia-a-dia, nas suas actividades profissionais ou académicas, dedicam o seu tempo a pensar, projectar e a implementar as melhores soluções integradas de FM ao serviço das pessoas e dos espaços.
A organização do evento estima que, durante os dois dias de evento, passaram pelas salas do Edifício Central Tejo, do MAAT – Museu de Arquitectura, Arte e Tecnologia, mais de 350 pessoas, também elas especialistas, académicos ou curiosos em temas relacionados com o Facility Management.