A afirmação é do presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), que defende que este aumento deverá fazer-se com o apoio do turismo. Relativamente aos ‘Vistos Gold’, Luís Lima defende que o Governo tem de dar uma solução aos processos que não avançam.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da APEMIP diz que prevê um crescimento de 30% e que “se o Estado não fizer asneiras, se deixar o mercado funcionar, vamos crescer, porque Portugal está com um potencial enorme”.
Luís Lima acredita também que 2017 “vai ser um bom ano para o turismo, pelo que vai ser bom para nós”, uma vez que o turista em Portugal “gosta de se fidelizar e adquire imobiliário”, além de que “o imobiliário ajuda o turismo porque mantém o turista mais tempo”.
Perante este cenário, Luís Lima refere que “à medida que há recuperação económica, um grupo de empresas pequeninas cresce muito facilmente”, pelo que poderão surgir novas empresas imobiliárias. Mas diz ainda que “quando há uma crise económica também desaparecem muito facilmente”, prevendo que regressem em força os mediadores no Algarve.
Quando questionado sobre o alojamento local, o representante máximo da APEMIP considera que deu um importante contributo na reabilitação das cidades, considerando que no caso em que existiram imóveis a migrar para o arrendamento de curta duração tal ficou a dever-se ao facto de não ter havido “trabalho de casa na criação de incentivos fiscais para tornar o arrendamento tradicional mais compensador”.
Relativamente aos designados ‘Vistos Gold’, Luís Lima espera que “no espaço de um mês o Governo português tome uma decisão sobre esta questão, porque precisamos deste investimento como de pão para a boca até porque o investimento chinês atinge proporções mais elevadas”. Acrescentando que o “Governo tem de exigir responsabilidades” sobre processos que não avançam, pois como recordou desde o “célebre escândalo, muita gente foge” por recear más interpretações.
Luís Lima lembrou ainda que, no mês de Setembro de 2016, chamou a atenção para a questão da diminuição das Autorizações de Residência para a Actividade de Investimento (ARI) a cidadãos chineses e na altura considerou que a situação “não foi mais terrível” porque foi atenuada pelo investimento brasileiro e francês.
O presidente da APEMIP afirmou ainda que, apesar de “os maiores investidores mundiais em imobiliário” serem chineses, admite deixar a China de fora das suas deslocações profissionais por achar que “pode não ter condições para vender o País”. Ainda assim, esta associação deverá integrar a missão que marcará presença pela 4ª vez no mercado asiático na ‘International Property & Investment Expo/Spring’ em Pequim, de 13 a 16 de Abril de 2017.
Foto: Anabela Loureiro