De acordo com o Imovirtual Market Index (IMI), 2016 terminou com o optimismo renovado depois de uma fase de arrefecimento. Para tal muito contribuiu Novembro que foi o mês mais rápido de sempre na venda de casas.

De acordo com o IMI, o último trimestre de 2016 apresentou uma oscilação entre o optimismo renovado (Outubro, com um índice de 0.622, e Dezembro, com 0.529) e um intercalado tom de arrefecimento.

A depressão registada em Novembro (IMI de 0.426) parece ser já uma tendência deste mês, uma vez que reflecte valores semelhantes ao período homólogo. De salientar que o mês de Novembro registou o tempo médio de venda de imóveis mais baixo desde o início da série (Julho de 2012), com 6,7 meses.

Em termos de média anual, 2016 pautou-se por períodos de absorção dos imóveis por parte do mercado inferiores aos de 2015: 8,2 meses para venda (vs 10,7 em 2015) e 3,1 meses para arrendamento (vs 3,4 em 2015). O terceiro trimestre registou prazos inferiores à média, tendo acabado o ano com uma média de 7,5 meses para venda, e 2,4 meses para arrendamento.

No fecho do ano de 2016, destacaram-se os seguintes indicadores: 48% das empresas de mediação imobiliária inquiridas mencionaram a manutenção do novo produto em carteira; 54% dos inquiridos mencionou que se registou a manutenção das visitas efectuadas; e 25% referiu um aumento médio do número de imóveis transaccionados (vs 56% que indicam manutenção e 19% diminuição). Em média, 55% dos inquiridos considera ter havido um comportamento estável da sua actividade e 30% mencionam um desenvolvimento positivo. Já 54% das empresas de mediação imobiliária mencionaram um aumento dos preços dos imóveis.

No período em análise, entre os principais obstáculos que norteiam a actividade de mediação imobiliária, destacaram-se: iinstabilidade no mercado de trabalho; desadequação do produto imobiliário existente em relação à procura; e diminuição do poder de compra.

No que concerne ao dinamismo da actividade, os participantes no IMI registaram um comportamento mais optimista no mês de Dezembro, com cerca de 60% a anteciparem um desenvolvimento positivo da actividade no curto prazo.