Na ‘Análise Mercado de Escritórios - Janeiro 2017’, a consultora imobiliária Aguirre Newman avança que o ano de 2017 arrancou com uma absorção de escritórios em Lisboa 76% acima do registado em Janeiro 2016. Mas é ainda uma incógnita se, no final do ano, estes valores vão ser semelhantes aos de 2015 e 2016.

De cordo com a Aguirre Newman, a área de escritórios contratada em Janeiro de 2017 (17.932 m2) foi superior em 76% à registada no mesmo mês de 2016 (10.180 m2).

Foram registadas 17 operações, correspondendo a mais cinco transacções do que em igual período do ano anterior. O maior número de operações verificou-se no Prime CBD (Zona 1), com 59% da área transaccionada. No extremo oposto, a Zona Emergente (Zona 3) e Zona Secundária (Zona 4) apenas registaram uma operação cada, no primeiro mês de 2017.

Analisando a distribuição geográfica dos m² colocados, a consultora refere que se verifica que o Prime CBD (Zona 1) e a Zona Secundária (Zona 4) registaram a maior área contratada em Janeiro, traduzido em 10.557 m2 e 2.920 m2, respectivamente.

A superfície média contratada por transação aumentou cerca de 25%, de 848 m2 em Janeiro 2016 para 1055 m2 em 2017.

Avaliando a absorção por intervalo de área contratada em Janeiro do ano em curso, nas zonas do CBD, Zona Emergente e Corredor Oeste, pelo menos 50% das transacções registaram uma superfície inferior a 300 m2.

Do total da área contratada em Janeiro de 2017, apenas uma transacção foi referente a um edifício novo de escritórios, com uma representação de 16% da área total contratada no mês.

 

No mês de Janeiro de 2017, o sector ‘Consultores e Advogados’ destacou-se, tendo sido responsável por 40% da área contratada (7.101 m2 num total de 14.962 m2).

Na opinião de Paulo Silva, director-geral da Aguirre Newman: “Os números alcançados em Janeiro de 2017 mais não são do que uma evidência da dinâmica da procura de escritórios em Lisboa, não sendo uma garantia de que no final do ano se venham a alcançar valores de colocação semelhantes aos de 2015 e 2016 (superiores a 140.000 m2), uma vez que não há escritórios disponíveis com os níveis de qualidade exigidos pelas empresas para concretizarem as suas intenções de mudança”.