De acordo com a análise ao ‘Mercado de Escritórios’, a área de escritórios contratada em Março de 2017 (7.397 m2) foi inferior em 41% à registada no mesmo mês de 2016 (12.604 m2). No entanto, considerando o acumulado do primeiro trimestre, verifica-se que 2017 está 20% acima de 2016, com 38.921 m2 e 32.471 m2.
No primeiro trimestre do ano, a consultora imobiliária avança que foram registadas 52 operações, correspondendo a mais sete transacções do que em igual período do ano anterior. O maior número de operações verificou-se no Corredor Oeste (Zona 6), com cera de 37% das transacções ocorridas. No extremo oposto, o Parque das Nações (Zona 5) apenas registou uma operação. Analisando a distribuição geográfica dos m² colocados, o Prime CBD (Zona 1) e o Corredor Oeste (Zona 6) registaram a maior área contratada entre Janeiro e Março, traduzido em 10.591 m2 e 12.830 m2, respectivamente.
Teresa Cachada, analista do departamento de Consultoria da Aguirre Newman, sublinha: “Começámos o ano de 2017 com um trimestre bastante positivo, com valores contratados superiores aos de 2016, sendo que a continuar ao mesmo ritmo alcançaríamos um valor próximo dos 200.000 m² no final do ano. No entanto, as características do nosso parque de escritórios não são as mais adequadas para que este cenário se verifique. Durante este primeiro trimestre, as transacções de maior dimensão aconteceram em edifícios reabilitados, tais como a a Bankinter no Marquês de Pombal 13 ou a Janssen Cilag no Lagoas Park. A falta de escritórios em edifícios novos e/ou reabilitados faz-nos crer que a absorção de escritórios vá abrandar, ficando a dúvida se os valores de 2016 serão alcançados em 2017”.
Do total da área contratada até Março de 2017, apenas seis transacções foram referentes a edifícios de escritórios novos, com uma representação de 21% da área total contratada no período em análise.
A superfície média contratada por transacção aumentou cerca de 4%, de 722 m2, em Março 2016, para 748 m2, em 2017.
Avaliando a absorção por intervalo de área contratada até Março do ano em curso, verifica-se que apenas na zona 2 (CBD) pelo menos 50% das transacções registaram uma superfície inferior a 300 m2.
A mesma análise refere ainda que, no mês em foco, o sector Farmacêuticas e Saúde destacou-se, tendo sido responsável por 31% da área contratada (2.323 m2 num total de 7.397 m2).