Só nos primeiros três meses de 2017 a redes de mediação Remax, ERA e Century 21 registaram os melhores resultados de sempre. Para tal muito contribuiu o aumento da procura por compra de casa e de concessão de crédito a habitação.

No período em foco, a Remax anunciou o seu ano “melhor de sempre” ao registar aumentos de facturação de 40% face ao período homólogo, de colaboradores, cujo total é de 5.400, e de transacções na ordem dos 19%. Adiantando ainda que no segmento de luxo os “números também são muito expressivos”, com um aumento de 39% na facturação e 36,5% nas transacções. Acrescentando que participou na transacção de 6.809 imóveis (5.116 vendas e quase 1.700 arrendamentos).

A Century 21 Portugal afirmou também o “seu melhor trimestre de sempre”. Explicou que, “desde 2007, que registamos uma sólida média de crescimento, de cerca de 15%, ao ano”. Porém, nos primeiros três meses de 2017 registou “um aumento de 29% na rede Century 21 Portugal”. Na base dos bons resultados está o aumento das transacções com recurso ao crédito à habitação, o que “está a permitir que as famílias, de classe média e baixa, regressem ao mercado”. Por isso afirma: O crescimento no início de 2017 faz adivinhar uma “evolução muito significativa" para o resto do ano, que deverá ficar marcado por um “enorme dinamismo” no mercado imobiliário nacional, apesar do facto de a “oferta continuar bastante desajustada da procura”, sendo “imperativo que os valores médios dos imóveis se ajustem às reais capacidades financeiras das famílias e jovens de classe média”.

Já para a ERA, Março de 2017 foi o “melhor mês de sempre em 20 anos”, o que se deve aos elevados níveis de confiança, ao crescimento da economia, a uma maior concessão de crédito à habitação, às taxas de juro baixas e spreads competitivos, à elevada procura por parte de estrangeiros e ainda a baixa rentabilidade dos depósitos a prazo.

A ERA divulgou que obteve um crescimento na sua facturação no primeiro trimestre e na comparação homóloga, sobretudo nos distritos de Setúbal (36,1%), Viana do Castelo (33,8%) e Braga (30,6%).

O inquérito mensal Portuguese Housing Market Survey (PHMS) revela que, desde finais de 2010, tinha assinalado que em Março a venda de casas em Portugal “cresceu ao ritmo mais forte já registado” por este indicador e que a colocação de novos imóveis no mercado não acompanha o ritmo de crescimento de procura de casa para comprar, o que impulsiona a subida de preços.

Foto: Anabela Loureiro