De acordo com a consultora Worx, o investimento imobiliário diminuiu no primeiro semestre de 2017. Ainda assim, os investidores continuam interessados no nosso País e as perspectivas são de alcançar valores próximos dos de 2016.
O sector de Retalho foi o que mais contribuiu para os resultados alcançados na primeira metade do ano, atingindo os 400 milhões de euros. Tal ficou a dever-se à compra do Fórum Coimbra e do Fórum Viseu no valor dos 220 milhões de euros.
No segmento de Escritórios, as transacções de maior peso somaram 244 milhões de euros e dizem respeito às operações de venda de dois portfólios, à compra do edifício Entreposto no valor de 65, 5 milhões de euros, à compra do Edifício Central Office no valor de 29 milhões de euros pela Merlin Properties e à compra do antigo edifício sede BNU por parte do Fundo da Segurança Social à CGD por 50 milhões de euros.
No que respeita às yields, a consultora refere que se continua a assistir a uma compressão, situando-se a prime yield do Mercado de Escritórios nos 5,00%, Centros Comerciais 5,00%, Comércio de Rua nos 4,75%, e Indústria nos 7,00%. À exceção do setor de indústria, todos os segmentos registaram descidas de 0.25 p.p no seu valor de prime yield.
O sector de hotelaria foi o que observou uma queda mais acentuada, a rondar os 87%, seguido do segmento Logística & Indústria com 56% e do segmento de Escritórios com um decréscimo de 36% no seu nível de actividade Ao longo deste semestre foi apenas transaccionado um hotel, o Lux Park Hotel, no valor de 16 milhões de euros e a plataforma logística EIPA II, num valor a rondar os 37 milhões de euros.
O sector de investimento no primeiro semestre registou um total de 751 milhões de euros, uma queda na ordem dos 36% face ao mesmo período de 2016.
No entanto, o departamento de Research & Consulting da Worx prevê que se continue a assistir a elevados volume de liquidez e interesse no mercado português. Os valores registados no 1º semestre não deverão ser desanimadores, nem indicadores de um arrefecimento na vontade dos investidores, sendo que é expectável que o mercado consiga atingir valores semelhantes aos registados no final de 2016.
O departamento de Capital Markets da consultora conclui referindo que “o segmento de Development tem suscitado o interesse por parte de vários investidores, especialmente direccionado para a promoção de novos espaços de escritórios e projectos residenciais, que se apresentam como mercados de elevada procura”.