A ARDMA assinou, no passado dia 10 de Julho, um contrato de compra e venda que prevê a aquisição de 59,09% das unidades de participação do Fundo Herdade da Comporta FEIIF (HdC), com recurso a capitais próprios do investidor, até aqui detidas pela Rioforte.
O objectivo do empresário é transformar a Comporta num resort exclusivo e altamente atractivo para o mercado internacional.
Para esse efeito, a Ardma, holding de investimentos pertencente ao empresário português Pedro de Almeida, assinou no passado dia 10 de Julho um contrato de compra e venda de 59,09% das unidades de participação no HDC FEIIF, contrato esse sujeito a condições (nomeadamente a aprovação da transacção pelas autoridades competentes no Luxemburgo, em Portugal e na Suíça) para que se possa proceder ao fecho da operação.
Para o presidente da ARDMA, Pedro de Almeida, este acordo permite "viabilizar o projecto para o Fundo da HdC, através da melhor solução financeira, capaz de alavancar sustentadamente o negócio e o futuro da Comporta, como um dos principais activos nacionais da área do turismo, imobiliário e agricultura”.
Pedro de Almeida optou por se apresentar no processo de venda através de sociedade por si totalmente detida, sem sócios de modo a desenvolver uma estratégia de investimento que melhor defenda a preservação do património construído na Comporta e para manter flexibilidade nas decisões durante todo o processo de venda. Sendo um processo competitivo, moroso e complicado exigiu decisões firmes e rápidas e só estando sozinho conseguiria manter a consistência e agilidade das negociações.
Este projecto fez com que Pedro de Almeida voltasse definitivamente a residir em Portugal. “Tomei a decisão de desinvestir em determinados sectores de forma a criar as condições financeiras para a realização deste investimento. O meu compromisso com o projecto da Comporta esteve na base da decisão do regresso definitivo a Portugal, depois de 38 anos a viver no estrangeiro, nomeadamente em Paris e Genebra”, esclarece o empresário.
A compra das unidades de participação no Fundo HdC, com uma área de 1.370 hectares e cerca de 650 mil m2 de construção aprovados, está incluída na estratégia de Pedro de Almeida para a diversificação de investimentos em ativos de criação de valor a longo prazo.
Considerando que o potencial dos activos do Fundo HdC está intrinsecamente ligado ao potencial dos ativos detidos pela Herdade da Comporta – Actividades Agro-Silvícolas e Turísticas, S.A. (empresa que gere a catividade agrícola e florestal) a estratégia da ARDMA inclui a intenção de apresentar proposta no processo de compra de uma participação maioritária nesta empresa, que detém mais de 10 mil hectares, o que permitirá a preservação das condições ímpares da Herdade da Comporta.
A estratégia de Pedro de Almeida passa por desenvolver um resort premium, mantendo e reforçando as características únicas da Herdade da Comporta, que a tornam um destino único e uma marca de referência no panorama internacional, com as características exclusivas de um triângulo virtuoso: imobiliário, turismo e agricultura.
O objectivo será criar uma estratégia global que garanta a manutenção de sustentabilidade, a preservação das actividades agrícolas e florestais e das características ambientais e paisagens circundantes, a integração e inclusão das comunidades locais e, em geral, um impacto social e económico positivo do investimento.
Para o desenvolvimento desta unidade turística premium, na Herdade da Comporta, é importante existir um investimento de grande escala que exigirá a alocação importante de fundos e de uma visão estratégica consistente e de longo prazo para o projecto.
Nesta visão global, a ARDMA garante uma relação empenhada com as câmaras municipais e com as populações locais, na estratégia global de desenvolvimento sustentável da Herdade da Comporta.
Pedro de Almeida refere, ainda, que “este processo iniciado em Setembro de 2016 foi um processo competitivo, muito bem organizado e transparente, tendo sido totalmente escrutinado pelo tribunal do Luxemburgo e pelas autoridades nacionais. Nos próximos três meses, serão ultimados um conjunto de pormenores da operação, nomeadamente algumas condições que permitirão chegar ao seu fecho, estando uma equipa polivalente a trabalhar nos vários temas”.
A assessoria jurídica da ARDMA na negociação do contrato esteve a cabo da CMS Rui Pena & Arnaut e a assessoria financeira do projecto foi coordenada pela Grow Advisory.
Foto: Anabela Loureiro