O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que o valor médio de avaliação bancária para o total do País fixou-se em 1.117 euros por metro quadrado (euros/m2) em Julho, ou seja, mais cinco euros do que o observado em Junho.

A mesma fonte adianta que este valor representa um aumento de 0,4% em relação ao registado no mês precedente e 4,6% face ao mesmo mês do ano anterior.

De acordo com o INE, entre Junho e Julho, o valor médio de avaliação bancária, realizada no âmbito da concessão de crédito à habitação, aumentou cinco euros, tendo atingido 1.117 euros/m2, o que correspondeu a uma taxa de variação em cadeia de 0,4%.

Refira-se que, com a excepção de Março de 2017 (-0,2%), o valor médio de avaliação tem apresentado variações mensais positivas desde Abril de 2016.

A subida da taxa de variação em cadeia foi determinada pelo aumento de 0,8% na avaliação dos Apartamentos, valor superior em 0,6 pontos percentuais ao observado para as Moradias (0,2%).

A nível regional, as maiores subidas registaram-se no Centro (1,0%) e na Área Metropolitana de Lisboa (0,9%). A única descida verificou-se na Região Autónoma dos Açores (-0,8%). Em comparação com o período homólogo, o valor médio de avaliação registou um crescimento de 4,6% em Julho (variação de 4,4% no mês anterior). As variações mais significativas observaram-se no Algarve (5,6%) e no Norte (5,5%), tendo a Região Autónoma dos Açores apresentado o menor crescimento (1,0%).

No que diz respeito ao valor médio de avaliação bancária dos apartamentos, o INE revela que se situou em 1.167 euros/m2, isto é, nove euros superior ao obtido no mês anterior.

A Região Autónoma da Madeira e o Centro apresentaram os acréscimos de maior intensidade (1,7% e 1,3% respectivamente), fixando-se em 1.250 euros/m2 e 955 euros/m2, pela mesma ordem. O Alentejo evidenciou a única descida (-0,1%), sendo a região NUTS II que apresenta o valor médio de avaliação mais baixo (942 euros/m2).

O valor médio de avaliação dos apartamentos aumentou 5,2% em termos homólogos (4,8% em Junho). As Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, com variações de 9,1% e 8,7%, respectivamente, registaram o crescimento mais expressivo em relação ao período homólogo.

O valor médio de avaliação para a tipologia de apartamento T2 situou-se em 1.166 euros/m2 , mais 13 euros que no mês anterior. Para os apartamentos T3, outra das tipologias mais frequentemente avaliadas, observou-se um aumento de seis euros, tendo o valor médio aumentado para os 1.098 euros/m2.

Já no que diz respeito às Moradias, no mês em foco, o valor médio de avaliação bancária fixou-se em 1.037 euros/m2, valor superior em dois euros ao observado no mês anterior. Em termos homólogos, o valor médio das moradias aumentou 4,3%, taxa idêntica à observada no mês precedente.

Quando comparado com Junho, as moradias de tipologia T3 aumentaram um euro em Julho, para 1.007 euros/m2. Já a tipologia T4 apresentou uma evolução contrária, tendo diminuído dois euros para os 1.056 euros/m2.

Na análise por Regiões NUTS III, e de acordo com o índice do valor médio de avaliação bancária, em Julho, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa, a Região Autónoma da Madeira e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação bancária superiores à média nacional. Os valores de avaliação no Algarve e na Área Metropolitana de Lisboa foram, respectivamente, 26% e 21% superiores ao registado para a totalidade do País. As regiões Beiras e Serra da Estrela, Beira Baixa, Médio Tejo e Terras de Trás-os-Montes foram aquelas que, face ao total, apresentaram o valor mais baixo (-27% em relação à média).