O Barómetro Informa D&B revela que, entre Janeiro e Agosto de 2017, o imobiliário foi um dos sectores em que se verificou o maior número de aberturas de novas empresas.

De acordo com este barómetro, nos primeiros oito meses do ano, foram criadas 27.695 novas empresas, onde dominaram os sectores do imobiliário, agricultura, telecomunicações e serviços.

A mesma fonte avança que, no período em foco, o número de empresas que encerrou diminuiu 1,7% para 8.698, enquanto as insolvências registaram uma queda de -22,3% para 1.805.

Já na análise referente aos últimos 12 meses, a Informa D&B reporta que o imobiliário, agricultura, pecuária, pesca e caça foram os sectores onde se verificou o rácio mais elevado ao nível de nascimentos e encerramentos.

Segundo a consultora, por cada empresa de imobiliário que fechou portas, abriram 5,2 novas empresas. No imobiliário em particular, foram criadas 489 novas empresas, ou seja, assistiu-se a um crescimento na ordem dos 25,6%.

O barómetro salienta que existiu uma tendência irregular nos primeiros quatro meses de 2017 mas, ainda assim, a abertura de novas empresas/organizações cresceu 8% até Agosto.

Neste crescimento, a evolução acumulada das actividades imobiliárias foi de 25,6%, isto é, mais 2.402 empresas; destacando-se também o sector da construção com 16,8%, ou seja, mais 2.394 empresas; e o alojamento e restauração com 9,5%, mais 3.445 empresas. Já ao nível das descidas de constituição de novas empresas, até Agosto, evidenciou-se o sector do retalho, com menos 5,2%, ou seja, menos 3.439 estabelecimentos.

À semelhança de 2016, o distrito de Lisboa mantém a liderança no crescimento das constituições de empresas com mais 13,8%; seguindo-se os distritos de Faro e Setúbal, e depois o distrito do Porto que, curiosamente, reverteu a tendência decrescente verificada em 2016. Ao nível das descidas do número de novas constituições estão Aveiro, Viana do Castelo e Leiria.

O documento menciona ainda que existiu uma tendência instável no primeiro trimestre, mas que, ainda assim, os encerramentos acumulam uma ligeira descida de menos 1,7% nos primeiros oito meses de 2017, ou seja, existiu um abrandamento da tendência de 2016 em menos 6,8%. Por um lado, verificou-se que a maioria dos sectores desceu ou manteve o número de encerramentos; por outro, que o distrito de Lisboa, que teve mais de 163 encerramentos, encontra-se em contraciclo comparativamente à quase totalidade dos distritos que desce ou mantém o número de extinções. Refira-se ainda o caso particular do distrito do Porto onde encerraram menos 185 empresas.