Na edição anual do estudo económico-financeiro que a B. Prime promove, o Prime Watch que será brevemente lançado, destaca-se uma nova tendência que vem reforçar os sinais positivos da economia nacional: o ano de 2013 que registou uma absorção de apenas 77,802m2 assinala a maior entrada de novas empresas em Lisboa, após três anos sucessivos em queda.
Este estudo, além de traçar as principais tendências do mercado de escritórios de Lisboa e analisar a performance dos Fundos de Investimento Imobiliário que operam em Portugal, revela também que o ano de 2013 registou um forte crescimento na entrada de novas empresas na região de Lisboa, tanto em número, como em área absorvida, a maior dos últimos três anos.
De acordo com os dados apontados no Prime Watch, da área total absorvida de 77.802m2, 12.036m2 dizem respeito a novas empresas, o que corresponde a 15,4%, ou seja, um valor que representa quase o triplo do registado em 2012. Em 2013, abriram 47 novas empresas, face às 32 registadas em 2012 e às 42 no ano de 2011, o que corresponde a um crescimento de 46,8%. Além disso, a área média ocupada por estas novas empresas também cresceu para 256m2, face aos 143m2 registados em 2012.
O mercado de escritórios de Lisboa acabou por ser impulsionado por dois indicadores: novas empresas, o que se traduz em novos investimentos em Portugal, e expansão de área de negócios já previamente instalados. Estas tendências parecem reforçar os sinais de retoma da economia portuguesa, além de demonstrarem que o mercado de escritórios de Lisboa está a inverter e que o mote da mudança de instalações por áreas mais pequenas e rendas mais competitivas poderá fazer parte do passado.
As duas maiores transacções de novas empresas dizem respeito a negócios na área petrolífera, seguida do sector financeiro, consultoria e novas tecnologias. Estas novas empresas apontam como principais aspectos que sustentam a escolha de Portugal, as vantagens que o País oferece, ou seja, a qualidade e qualificação dos seus recursos humanos, a posição geo-estratégica entre a Europa, África e América e finalmente a importância do português e o relacionamento privilegiado que Portugal mantem com países de língua oficial portuguesa, como Angola, Brasil e Moçambique.
O Prime Watch destaca igualmente as localizações preferencialmente escolhidas por estas novas empresas. Cerca de 40% selecciona a zona do Parque das Nações e o Corredor Oeste, enquanto 24% selecciona a Prime Central Business District (Av. da Liberdade, Saldanha), para instalarem os seus escritórios.
Estes sinais positivos que começam a fazer sentir-se no mercado imobiliário vêm corroborar os dados mais recentes divulgados pelo INE que mostram um crescimento do PIB, no último trimestre de 2013, de 1,6% face a igual período de 2012, superando as estimativas do Governo. Apesar do PIB ter contraído 1,4% em 2013, o que se traduziu no quarto pior registo desde 1960, para 2014 o Banco de Portugal estima já uma subida do PIB em 0,8% e para 2015 de 1,5%.
Foto: Anabela Loureiro