O arquitecto norte-americano Frank Gehry foi agraciado com o prémio Príncipe das Astúrias das Artes 2014. Segundo a organização, tal ficou a dever-se à “relevância e repercussões das suas criações” a nível mundial e que “impulsionaram a Arquitectura”.

A Fundação Príncipe das Astúrias das Artes 2014, entidade organizadora desta iniciativa, refere a obra deste arquitecto como “um jogo virtuoso com formas complexas usando materiais inusitados, como o titânio, e a inovação tecnológica que teve um impacto em outras artes”, a par de um “arquitectura aberta, natural, lúdica e orgânica”. Para esta entidade, o Museu Guggenheim de Bilbau é um dos ex-libris de Gehry que, “além da sua excelência arquitectónica e estética, tem tido um enorme impacto económico, social e urbana”.

Entre as suas obras mais conhecidas contam-se o edifício Nationale - Nederlanden, conhecido como a Casa da Dança, em Praga (1996); o Museu Aeroespacial da Califórnia (1984); o Vitra Design Museum, em Weil am Rhein, na Alemanha (1989); o Museu de Arte Frederick Weisman, em Minneapolis (1993); a Torre de Gehry, em Hannover (2001); o Instituto Stata Cambridge Center of Technology (2003); o Walt Disney Concert Hall (2003); e o Centro de Dundee, na Escócia, Maggie (2003).

Frank Gehry recebeu mais de 100 prémios em todo o mundo, destacando-se o Prémio Pritzker (1989), o Praemium Imperiale (Japão, 1992), a Dorothy e Lillian Gish (1994), o Friedrich Kiesler (Áustria, 1998) e a Medalha Nacional de Ouro do American Institute of Architects (1999).

Na edição deste ano, Álvaro Siza Vieira foi uma das 36 candidaturas apresentadas ao prémio Príncipe das Astúrias das Artes. Recorde-se que estes prémios visam reconhecer o “trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário realizado por pessoas, instituições, grupo de pessoas ou de instituições”.