Os investidores alemães aplicaram $151 mil milhões no imobiliário internacional no período compreendido entre 2004 e o primeiro semestre de 2014. De acordo com a análise do International Capital Group da JLL, este panorama torna-os a fonte mais activa e importante de capital estrangeiro.
Ao longo dos últimos dez anos, os grupos alemães continuaram sempre a investir fora do seu mercado doméstico, mesmo quando outros investidores se afastavam do investimento no estrangeiro, um facto que os coloca na liderança do mercado de investimento internacional, superando outras fontes emissoras de capital concorrentes como a América do Norte ($133 mil milhões) e o Reino Unido ($100 mil milhões).
Apesar de uma política de investimento abrangente direccionada para mais de 40 países, 82% do investimento externo alemão foi alocado a mercados maduros da Europa Ocidental e da América do Norte. A maioria (80%) dos fluxos de capitais alemães foram aplicados em produtos de escritórios core, com o investimento em retalho a representar 13%.
O Head do International Capital Group – Europa na JLL, Matt Richards, diz que, “apesar de desafiados por noruegueses, chineses e canadianos, os investidores alemães são uma presença consolidada em muitos mercados imobiliários globais, prevendo-se por isso que mantenham o seu foco de investimento internacional.”
Já o director de Capital Markets, Fernando Ferreira, comenta, a propósito de Portugal, que “no âmbito desta sua política de investimento fora de portas, os investidores alemães sempre incluíram Portugal na rota do seu capital e foram, durante anos, um dos principais protagonistas das operações de maior dimensão no mercado de investimento imobiliário português. Aliás, no período em análise, 2004-2014, lideraram também a actividade de investimento estrangeiro no nosso País, onde aplicaram €1,2 mil milhões de um total de 6,5 mil milhões. Ou seja, mais de 18% do capital estrangeiro investido em imobiliário português foi de origem alemã.” Acrescentando que “agora, depois de alguns anos afastados devido à falta de confiança gerada pela conjuntura económica e pela intervenção externa, estão de volta a Portugal mostrando interesse em vários activos”.